domingo, 5 de maio de 2013

DIVULGAÇÃO

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A Virgem Sedutora - Capitulo 5 & 6


No momento, quando já tinha condições de pensar melhor sobre o assunto, desconfiava de que aquilo não era apenas uma armação de Jeremy Discroll. Afinal, um ho­mem daquele tipo não poderia ser tão altruístico assim. Claro que não, de forma alguma, e Joe sabia que não se enganou ao notar o jeito invejoso com que Jeremy o olhou naquela tarde.
        
Jeremy sabia que Joe não voltaria atrás no negócio, a menos que acreditasse possuir algum meio de forçá-lo a desistir.

Agora, já tarde demais, Joe lembrou-se do artigo de jornal que Jeremy Discroll lia, enquanto conversavam.
Para um homem solteiro, um escândalo sexual publicado na grande imprensa do país não teria um efeito tão devastador. 

No entanto, Joseph, um empresário respeitado, seria motivo de piada, e poderia perder credibilidade no mundo do negócios. Se isso acontecesse, correria o risco de não ser mais levado a sério. Nenhum executivo, nem mesmo de tanto sucesso como Joseph, desejava isso.

Levantou-se da cama, lançando um olhar ressentido em direção a Demi. Como conseguia dormir com tanta tranquilidade? Como se... como se...

Sem se conter, Joe desviou o olhar para os lábios dela, ainda curvados num sorriso de satisfação.

Até mesmo nos sonhos aquela garota era capaz de continuar a fingir, como se o que tivesse acontecido entre eles fosse mesmo algo muito especial! Sem dúvida era uma atriz talentosa. Só podia ser isso.

Seu comportamento era tão incompreensível que não conseguia entender bem o que se passou. Era como se tivesse sido possuído pelo espírito de outra pessoa. 
Como foi capaz de deixar as coisas fugirem tanto a seu controle?

Então, por que ainda continuava ali, do lado da cama, a olhá-la, quando o mais sensato seria tomar um banho tão quente quanto possível, até que tivesse eliminado de sua pele o perfume dela, seu gosto e todas as sensações que havia lhe deixado? 

Por algum motivo incompreensível, isso era a última coisa que desejava fazer.

Por pouco, conseguiu evitar tocá-la de novo. Queria acariciar o rosto dela, seus cílios longos, o nariz delicado e pequeno, os lábios macios.


Como se pressentisse que alguém a olhava, Demi soltou um suspiro doce e sexy, que em seguida se transformou num sorriso de luxúria.

O que estava fazendo, afinal, ao permitir que ela dormisse daquele jeito em sua cama? 

Joseph consultou o despertador. 

Eram duas horas da madrugada. Tentava se convencer de que agia assim guiado por seu senso de responsabilidade.
Não seria seguro para nenhuma mulher, nem mesmo uma como aquela, sair sozinha tão tarde da noite. Tudo poderia acontecer.

Mas não voltaria para a cama, não se deitaria ao lado dela, de jeito nenhum.

Foi até o banheiro, pegou um robe e em seguida dirigiu-se à sala da suíte, fechando a porta.
Acendeu a luz, e a primeira coisa que notou foi a jarra e o copo onde Demi bebeu.

Franzindo a testa, empurrou-os para o lado. Ela teve a audácia de pedir que trouxessem bebida ao quarto dele. Será que precisava desse estímulo para ter coragem de se entregar a ele?

Não podia cair na armadilha de sentir pena dela. Não tinha desculpas, ela sabia muito bem o que fazia.

Já que estava acordado, poderia trabalhar um pouco. Quando sua sedutora acordasse, teriam uma conversa curta e direta.

Não permitiria que Jeremy Discroll o chantageasse pa­ra obrigá-lo a recuar.

Ainda com a testa franzida, esticou-se para apanhar a pasta.


CAPITULO 6  

Demi esfregou os olhos e fez uma careta, ao sentir um gosto amargo na boca. A cabeça doía e o corpo também, mas eram dois tipos bem diferentes de dor. O corpo estava dolorido de prazer, mas a cabeça...

Com cuidado, moveu-se, mas logo se arrependeu, quan­do sentiu as pontadas que latejavam em suas têmporas.
Levou a mão à cabeceira, esperando encontrar uma mesinha conhecida. Só então notou que não se encontrava em seu quarto.

Onde estaria? Devagar, como uma bruma da manhã, as imagens, os sons, as lembranças reapareceram perigosamente em sua memória. Claro que não, ela não poderia ter... Não!

Assustada, olhou para o outro lado da cama enorme, o coração batendo forte, e em seguida mais tranquila, quando percebeu que não havia ninguém ali. Tudo não passou de um sonho, chocante e inaceitável.

Demi não imaginava como ou por que, mas,  notou que no outro travesseiro havia a marca nítida de uma cabeça.
Tremendo, chegou mais perto e ficou paralisada ao sentir um perfume ao mesmo tempo familiar e estranho exalar no lençol.

O que antes não passava de uma imagem vaga , ganhava nitidez a cada batida de seu pulso palpitante.
Era verdade! Naquele quarto, naquela cama!

Onde estaria ele? Nervosa, Demi fitou a porta do banheiro, desviando a atenção ao ver as próprias roupas dobradas sobre uma cadeira.
Sem parar para raciocinar, levantou-se e se apressou em se vestir, mantendo o olhar fixo na entrada do banheiro.

Gostaria de tomar um banho e de escovar os dentes, mas não ousaria fazer isso. As recordações invadiam-na, e tudo piorava pelo efeito do álcool. Como pôde se comportar daquela maneira? Não conseguia compreender.

Desgostosa, lembrou-se de que havia bebido. A bebida, aquele coquetel forte que lhe foi servido, teve um efeito devastador. A mulher virgem cedeu lugar a uma fêmea sexy, agressiva e apaixonada.
Demi ficou pálida. Não era mais virgem. O fato não tinha tanta importância em si, mas, levada apenas pelo impulso, ela se esqueceu de tomar as devidas precauções para proteger sua saúde e evitar uma gravidez.
Implorou ao destino para que não a punisse por sua estupidez e rezou para que seu ato não tivesse nenhuma outra consequência, além da humilhação que sentia em seu íntimo.
Apanhou a bolsa e caminhou, pé ante pé, em direção ao banheiro.


Joseph imaginava por quanto tempo sua indesejada visita pretendia continuar a dormir em sua cama. Pensava se cinco da manhã seria cedo demais para pedir café no quarto, quando ouviu um barulho.

Embora precisasse muito dormir com conforto, decidiu não voltar para a cama enquanto aquela mulher estivesse lá. Bastava ter sido seduzido uma vez daquela maneira alucinada, expondo seu lado mais vulnerável.

Mesmo agora, depois de três horas sozinho, era difícil compreender o que se passou. Joe continuava incapaz de controlar o próprio desejo.

Sim, sentia o gosto agridoce da atração, desde o primeiro momento em que a viu. Mas, depois de saber que tipo de mulher se tratava, o normal teria sido perder todo o interesse.

Ao ver a porta se abrir, ficou tenso.



Num primeiro momento, pensando apenas num jeito de escapar o quanto antes dali, Demi não o notou, parado em frente à janela.

Amanheceu, e a luz clara e fresca iluminava toda a sala. Quando se deu conta da presença dele, Demi sentiu-se queimar por dentro, corando como os raios de sol daquela manhã de verão.

Joe viu o desespero estampado no rosto dela, quan­do Demi olhou para a saída principal da suíte. Prevendo o que ela faria, correu para lá, para evitar que escapasse.

Ao vê-lo, Demi sentiu um intenso calor. Era ele! O ho­mem que viu no saguão do hotel, que achou atraente e que despertava nela as fantasias mais extraordinárias!

Ao vê a jarra de bebida que avia tomado pensando que era água , Joe começou a falar: 

Joseph: Sim, você não apenas invadiu minha suíte como teve a coragem de pedir bebida por minha conta. Pretende pagar do próprio bolso pelo uso de minha cama e do bar ou prefere que eu mande a conta para Jeremy Discroll?

Demi, que até então permanecia muda, fitando a jarra, virou o rosto para  olhá-lo depois de ouvir o nome da pes­soa que mais detestava naquela vila.

Demetria:  Jeremy?

O sogro de Jeremy Discroll era dono das fábricas que Jeremy administrava, mas isso não os tornava populares no vilarejo. Jeremy tinha um caráter duvidoso e, para cortar os custos, tentou adotar práticas perigosas, que por sorte haviam sido evitadas graças à ação do sindicato dos trabalhadores e do Ministério da Saúde.

Mas ela não fazia a menor idéia do que Jeremy teria a ver com sua situação no momento.

Joseph: Sim, Jeremy — confirmou Joe, imitando o tremor da voz dela. — Sei muito bem o que aconteceu e por que está aqui. Mas se pensa que vou me deixar chantagear por ter cedido à...

Com dificuldade, tomada de vergonha, Demi engoliu, a garganta seca de nervoso.

Será que Joseph Jonas pensava mesmo que ela era do tipo que faria uma coisa dessas?

A palavra "chantagem" a deixou atordoada. Porém, se para ela a realidade já era algo difícil de suportar, que dirá admitir o fato diante de outro alguém. De nada adiantaria dizer que bebeu e que não tinha consciência do que fez.

Fazer amor com um estranho, sobretudo depois de ter desejado tanto tudo aquilo... Com que moral poderia encarar as crianças da escola? Como poderia ser responsável pela educação delas?
Teve um calafrio ao imaginar como reagiriam os pais e mesmo os diretores se soubessem de seu comportamento.

Joseph:  Pode voltar lá e dizer para quem a contratou que o dinheiro foi muito bem empregado, mas que isso não mu­dará em nada meus planos. Não vou desistir das fábricas, nem pretendo cancelar o contrato. Nem sequer imagino o motivo que levou Jeremy a contratá-la para fazer sexo comigo. Mas tudo o que ele me proporcionou foi uma noite de prazer sem compromisso feita com muito profissionalismo. Se Discroll pensa que pode usar isso contra mim... — Joe deu de ombros, para mostrar sua indiferença, observando a reação dela.

Demi estava pálida.Ela lutava para controlar sua confusão e se esforçava para encontrar algum sentido nas palavras que ouviu de Joseph .
No momento, não levaria em consideração os insultos que lhe eram dirigidos. Pensaria nisso mais tarde, quando estivesse sozinha. Contudo, a ligação dela com Jeremy Discroll era tolice total.
Abriu a boca, com intenção de dizer isso, mas, antes que o fizesse, Joe exclamou:

Joseph : Não sei quem você é, nem por que escolheu um jeito tão destrutivo de ganhar dinheiro!
Ignorando a última parte do comentário, talvez como uma forma de se defender, Demi gravou na memória apenas a primeira frase: "Não sei quem você é"...
Se ele não sabia, não seria ela  quem iria lhe contar. Com muita sorte, conseguiria salvar sua reputação, se o que aconteceu ficasse só entre eles dois.
Demi abandonou a ideia inicial que a levou até ali. 

Como poderia conversar com Joseph sobre o futuro da escola depois do que aconteceu? Mais uma vez, sentiu o peso da culpa. Decepcionou-se consigo mesma, deixou de lado seus princípios e valores e magoaria seus alunos também. O pior era que não conseguia entender o que se passou. A embriaguez não justificaria seu comportamento.
Lembrou-se de como reagiu quando viu Joseph Jonas na tarde anterior. Claro, não sabia quem ele era então. Apenas o achava muito atraente.
Atormentada com o que fez, experimentava o desespero e a vergonha tomarem conta de todo seu ser.
Permanecer em silêncio, sem revidar as agressões que sofria, era apenas uma estratégia para lidar com aquela situação inaceitável.


Ao vê-la angustiada e em aparente estado de choque, Joe concluiu que era, sem dúvida, uma excelente atriz.

Demetria: Preciso ir embora. Por favor, deixe-me passar.

A voz macia o fez rememorar os sussurros de prazer que ouviu. Não podia ser! Ainda a desejava!
Embora Joe não tivesse feito um único gesto para se afastar da porta, Demi juntou todas as forças que lhe restavam e caminhou, decidida, sem olhar para o lado.
Durante o curso de Pedagogia, fez um estágio com adolescentes rebeldes, sem se apavorar. Será que não era capaz de encarar um homem comum?
Ao perguntar-se isso, riu por dentro, consciente de que o uso do termo "comum" para se referir a Joseph era um grande absurdo.

Ali estava uma moça corajosa, concluiu Joe, ao vê-la passar por ele, com toda a calma. Mas era lógico que, sendo uma profissional, era treinada em lidar com saídas estratégicas sem se intimidar. Constrangê-la seria contra seus princípios, mas não poderia permitir que ela se fosse sem antes dizer tudo o que achava dela e daquele que a contratou.
No entanto, Demi percebeu o perigo de continuar ali por mais um segundo que fosse. Estariam muito próximos, lado a lado. Com um suspiro de alívio, pôs a mão na maçaneta.
Joe esperou que ela a girasse, antes de fazer um último comentário:
Joseph:  Discroll acha que fez uma boa jogada, mas pode dizer a ele que não foi. Ah! Só um último aviso para você, em particular. Se tentar publicar qualquer coisa a res­peito do que aconteceu ontem, pode ter certeza de que as consequências do escândalo serão dez vezes piores para você do que para mim.

Demi se manteve calada. Jamais nunca passou por uma situação tão dolorosa .
Joseph parecia ainda não ter terminado. Antes que Demi pisasse no corredor, ele segurou a porta, colocando a mão sobre a dela, um toque forte e masculino que a fez estremecer.
Joseph: Claro que se você fosse mesmo esperta poderia ter vendido sua história por um preço muito mais alto.
Mesmo sem querer, ela se viu tentada a perguntar:
Demetria: O que... quer dizer com isso?
Ele deu um sorriso cínico de satisfação.
Joseph: Que seria natural que tivesse negociado um preço para seu silêncio. Eu teria pago muito mais do que Discroll.
Demetria: Eu não... eu não... Olhe, não há dinheiro que pague o que... vivi ontem à noite. — E, antes que ele tivesse tempo de falar qualquer outra coisa que a magoasse ainda mais, conseguiu soltar-se e correu para o elevador.
Uma camareira de uniforme parou para olhá-la, mas Demi não estava em condições de perceber nada.
Joe a observava, furioso. Será que ela o julgava tão tolo a ponto de acreditar naquela frase de pureza vitoriana? Bem, quanto às lembranças que aqueles momentos de prazer deixaram em seu corpo, não poderia negar que a história era bem outra.

Para alívio de Demi, ninguém deu por sua presença ao atravessar o saguão.
"Pare de pensar nisso", dizia a si mesma ao alcançar a rua,
A primeira coisa que faria quando chegasse em casa seria tomar um banho, decidiu. Em seguida, escreveria uma carta para Joseph, falando sobre as consequências sociais que o fechamento da fábrica teria sobre a comunidade local. Depois do que houve, não existiria a menor chance de conversar com ele face a face. E por último cairia na cama e tentaria recuperar o sono atrasado.




PRÓXIMO CAPITULO ....


terça-feira, 23 de abril de 2013

Capítulo 3 & 4 - A virgem sedutora



Mas antes...

Com todo o cuidado e a concentração necessária para um embriagado, tirou a roupa e dobrou-a, cuidadosa, antes de esticar-se naquela cama maravilhosa e abençoada.


Ao destrancar a porta de sua suíte, Joseph Jonas olhou para o relógio. Eram dez e meia da noite, e acabava de voltar de uma de duas fábricas que acabou de comprar. Antes disso, passou a tarde com o genro do ex-dono dessas empresas, um perfeito idiota, que tentava de qualquer maneira convencê-lo a voltar atrás no negócio.

Jeremy: Veja bem, meu sogro cometeu um erro, errar é humano — disse a Joseph, com falsa amabilidade. — Mas mudamos de ideia e desistimos de vender as fábricas.

Joseph: Agora é tarde — respondeu, seco. — Já assinamos o contrato, o negócio está fechado.

No entanto, Jeremy Discroll continuava a bater na mesma tecla. Queria convencer Joseph a voltar atrás.

Jeremy: Deve haver um meio de persuadi-lo. Sei que podemos chegar a um acordo. Há um bar que acabou de abrir na cidade, com pista de dança e tudo. Estão precisando de um executivo para montar uma sociedade. É o tipo de negócio que tem tudo pra dar certo aqui. Que tal se passarmos por lá para dar uma olhada, sem compromisso? De­pois, voltamos a conversar, quando estiver mais relaxado.

Joseph: De jeito nenhum.

Joseph ouviu boatos sobre Jeremy, dando conta de que era uma pessoa de caráter duvidoso, que tentava sempre resolver as coisas a sua maneira, nem que para isso tivesse de recorrer a propostas inescrupulosas.

A princípio, Joseph resolveu dar a Jeremy o benefício da dúvida. No entanto, depois de conhecê-lo, entendeu que os rumores tinham fundamento. A falsa generosidade daquele homem era irritante.

Jeremy chegou a ponto de oferecer a Joseph serviços de acompanhantes. Era o tipo de coisa que Joseph odiava. Para ele, qualquer lugar onde o sexo fosse comprado, onde o ser humano tivesse de se vender para dar prazer a outra pessoa, não tinha a menor graça. 

Quando ouviu a proposta de Jeremy, não fez a menor questão de esconder o desprezo que sentia por aquilo.

Mas Jeremy  não se dava por vencido.

Jeremy: Não? Prefere se divertir com mais privacidade. Bem, nesse caso, podemos arranjar uma mulher só para você.

A frieza da resposta de Joseph, no entanto, provocou uma expressão de descontentamento no rosto do insistente rapaz.

Jeremy: A verdade é que a possibilidade de você vir a fechar uma das fábricas está criando polêmica por aqui, Jonas. Um homem com sua reputação...

Joseph: Garanto que minha reputação sobreviverá a isso. — Joseph percebia que sua segurança desagradava o rapaz, assim como notava a inveja nos olhos de Jeremy, ao vê-lo chegar em sua Mercedes último tipo. Joseph viu, naquele momento, com o canto dos olhos, que o grosseiro Jeremy Discroll continuou a ler o jornal, fingindo ignorar sua presença.

Na página aberta, havia uma reportagem sobre um político local que tentou, sem sucesso, processar algumas pessoas por invasão de privacidade. A visita de tal político a uma casa de massagens foi o causador do escândalo, e o júri não se convenceu de sua inocência no caso.

Jeremy: Eu não teria tanta segurança quanto a sua reputa­ção se estivesse em seu lugar — insinuou Jeremy, continuando a olhar para o jornal, enquanto falava.
     
Joseph mediu-o de alto abaixo, antes de ir embora.


Ao entrar em sua suíte, Joseph franziu a testa. Não mu­daria de idéia por nada neste mundo. Trabalhou duro, durante muito tempo, para construir seu negócio a partir do nada. Devagar e com muito sacrifício, foi construindo seu pequeno império.

Primeiro, deixou para trás os concorrentes e, depois, à medida que crescia mais e mais, passou a adquirir as fábricas que competiam com seus produtos.

Era o caso da família Discroll, que havia duplicado a capacidade de produção de suas empresas. Agora, seria natural que Joseph fechasse algumas das quatro fábricas que acabou de adquirir. Por enquanto, ainda não decidiu qual delas seria fechada.Mas a insistência de Jeremy Discroll quase o tirou do sério.


Cansado, entrou na suíte, sem se dar ao trabalho de acender as luzes. Sendo mês de junho, o céu ainda era claro o suficiente, embora a cortina fechada impedisse que a lua cheia iluminasse todo o ambiente.

Na certa, foi a camareira quem as fechou, deixando o quarto na penumbra, mas a lâmpada do banheiro estava acesa, e a porta, aberta. Joseph franziu a testa, intrigado, e caminhou até lá para verificar.
Deu uma olhada no espelho, passou a mão sobre o queixo e decidiu barbear-se.

A arrogância de Jeremy Discroll o zangou a tal ponto que Joseph acabou por concluir que os rumores a respeito daquele homem tão desagradável eram a mais pura verdade.

Apertando os olhos mel, que herdou do pai e que eram temidos por todos que tentavam enganá-lo, fez uma careta. 

Precisava cortar os cabelos, que já se enrolavam. Mas no momento, qualquer coisa que não estivesse relacionada com o trabalho ficava em segundo plano.

Seus pais costumavam dizer que não entendiam onde Joe arranjou tamanha determinação e ambição. Para eles, a pequena agência de notícias que possuíam bastava para que fossem felizes. Agora, estavam aposentados e moravam na cidade natal da mãe, na Itália.

Joe comprou uma propriedade para eles perto de Florença, como presente de bodas de prata. Foi visitá-los em maio, no aniversário da mãe.

Ao se lembrar do olhar que recebeu da mãe quando lhe perguntou se não existia ninguém especial na vida dele, Joe parou o barbeador. Disse-lhe, com bom humor, que não havia, e que não tinha a menor intenção de encontrar alguém especial no futuro.

Com uma aspereza pouco usual, sua mãe respondeu que, nesse caso, ela iria até a vila para procurar uma benzedeira que conhecia tudo sobre ervas e que, dizia-se, sabia fazer uma incrível poção mágica de amor!

Joe riu muito ao ouvir isso. Afinal, não tinha uma amante porque não queria. Várias mulheres, jovens e atraentes, apareceram como candidatas, umas, discretas, e outras, sem muito tato, afirmaram que gostariam de compartilhar com ele sua vida, sua cama e, claro, sua conta bancária...

Mas Joe jamais se esqueceu da época em que ganhou uma bolsa de estudos num colégio misto e de como as meninas olhavam para ele com menosprezo, por causa do uniforme comprado de segunda mão.

Aquela experiência ensinou-lhe uma lição que jurava não esquecer pelo resto de seus dias. Lógico, tive namoradas  mas descobriu, para espanto da maioria das pessoas, que possuía verdadeira aversão ao sexo sem compromisso. Isso significava que...

Sem querer, Joe lembrou-se da reação explícita de seu corpo ao ver aquela mulher na sacada do hotel, quando saíu, à tarde. Pequena e cheia de curvas. Pelo menos, era assim que a imaginava sob as roupas detestáveis que usava.

Como todas as moças da Itália, a mãe de Joe tinha um estilo pessoal muito forte em tudo o que fazia. Por isso, ele aprendeu a distinguir muito bem a mulher que sabia se vestir com elegância. E aquela garota não mostrava  bom gosto.

Nem ao menos fazia o tipo dele. Preferia as loiras, elegantes e sóbrias. Mas não para a cama, para deixá-lo fora de si, para fazê-lo perder o rumo a ponto de sentir impulso de abordá-las, como estive prestes a fazer com aquela desconhecida do hotel, Joe nunca se desviava do rumo que traçava para si, quanto mais por causa de uma mulher.

Com um suspiro de desgosto, tirou a roupa e entrou debaixo do chuveiro. Quando terminou o banho, foi para a cama. Estava mais escuro, mas ainda havia luminosidade suficiente, graças à lua, que brilhava atrás das cortinas.

Puxando as cobertas, deitou-se. Para sua surpresa, percebeu que sua cama estava ocupada!

Acendeu a luz da cabeceira e, furioso, olhou, sem acreditar no que via. Sobre o travesseiro ao lado, espalhavam-se cabelos , com certeza uma cabeleira feminina, que ele logo reconheceu.

 O nariz aquilino de Joe, uma herança italiana, detectou o cheiro de álcool que ela exalava ao respirar.

Era a garota da sacada. Joe a reconheceria em qual­quer lugar, pelo menos, seu corpo a reconheceria.

Naquele momento, seu cérebro lhe enviou uma outra informação. A voz pegajosa de Jeremy Discroll sugerindo que Joe voltasse atrás no contrato. Será que aquela jovem seria a oferta que ele tinha em mente? Só podia ser. Joe não conseguia imaginar outro motivo para a presença dela ali, em seu quarto.

Bem, se Jeremy  ousava pensar que ele era o tipo de homem que... Irritado, esticou-se, com a intenção de sacudi-la pelo braço.

Demi dormia o sono dos justos. Embalada pelo álcool, parecia estar no meio de um sonho maravilhoso, onde se via abraçada pelo homem mais lindo e sensual do planeta. Era moreno, alto, de olhos cor mel e tinha músculos excitantes. Estavam deitados lado a lado, em uma cama enorme, num quarto com vista para o mar, quando ele se aproximou, tocando-a nos braços e disse:

Joseph:  Que diabos está fazendo em minha cama?

Ainda tonta, sob o efeito do coquetel de frutas, Demi abriu os olhos adoráveis.
Por que seu amor estaria assim tão bravo? Sonolenta, sorriu, mas antes de conseguir formular a pergunta, sua atenção se desviou, e Demi percebeu quão sensual ele era.

Aquele corpo dourado e nu! Hum... Nu! Que delícia! 

Fechou os olhos, suspirou e os abriu de novo, ansiosa, sem querer perder nada.
Joseph não acreditava no que via, ou no que sentia. 

Aquela intrusa não só ignorava sua questão, mas ousava tocá-lo! Não, não o tocava apenas. Explorava cada centímetro de sua anatomia, que reagia em total desacordo com as pa­lavras que tinha intenção de dizer. 

Como poderia chamá-la de presença indesejada, se estava adorando seus carinhos? Céus! Ela o estava acariciando!

Dividido entre a vontade racional de rejeitá-la e o desejo visceral de abraçá-la, Joe lutava com todas as forças, para se agarrar à disciplina e ao autocontrole, que sempre haviam sido os bastiões de sua existência, com o intuito de se defender daquela moça, que o atormentava até o limite da resistência. 

Chocado, percebeu que perdeu, não apenas a batalha, mas a guerra.

No entanto, Demi, impulsionada por alguma energia que não apenas a do álcool, muito mais intensa e poderosa, não percebia nada além do prazer que experimentava no sonho em que se encontrava mergulhada.

Apesar da pouca luz, Joe via os contornos das curvas dela, a cintura fina, os quadris largos, as pernas bem torneadas, a pele delicada e o triângulo negro que escondia sua intimidade, tão tentadora que...

Com a garganta seca de tensão, se contorcendo de desejo, Joseph estremeceu. Via o busto dela, redondo, macio, de pele clara, com os mamilos túrgidos. Sem controle  so­bre si mesmo, cedeu à tentação de tocá-los, sentindo o peso morno dos seios contra suas mãos e os bicos eretos de volúpia a desafiá-lo.

Demi suspirou e tremeu de prazer, ao sentir que ele beijava-lhe os seios, tocando os mamilos com a língua.

Demetria:  Como isso é bom! — murmurou, entregando-se às sensações que ele lhe provocava.

Joe deslizou a mão pela cintura de Demi e puxou-a pelos quadris, que se acomodaram tão bem a seu toque que pareciam ter sido feitos um para o outro.

Decidiu ceder à paixão ardente e beijar cada centímetro do maravilhoso corpo dela, para em seguida começar tudo de novo, devagar, até que a irregularidade da respiração de Demi se transformasse em uma tortura insuportável para seus sentidos. Enfim, permitiu-se penetrá-la com os dedos, através das curvas úmidas que levavam a sua intimidade.

Tocou-a de leve, e depois com mais rapidez . Era tão macia, quente e delicada, que Joe, ignorando os gemidos de Demi, preferiu amá-la devagar e com cuidado.

Sentia-a se contorcer em frenesi, pronunciando palavras e frases incompletas que o atingiam como descargas elétricas. Demi pedia, sem acanhamento, o que queria e como queria. De alguma forma, conseguia manipular os dois corpos ao mesmo tempo, de tal maneira que Joe acabou por penetrá-la, sem conseguir mais se conter.

Demi escutava os sons que Joe fazia, mexendo-se dentro dela. O prazer de sentir o próprio corpo se expandir para acomodá-lo era tão sensacional que ela gritava de felicidade. Adorava a sensação de envolvê-lo, de conter e proteger, de algum modo, sua essência masculina.

Joe pressentia que alguma coisa muito especial estava acontecendo e que seu corpo deveria estar lhe avisando isso de alguma forma, através de sua percepção. Mas, diante da urgência e da intensidade de suas sensações, era incapaz de formular algum pensamento coerente.

Sentiu o êxtase dela, vezes seguidas, com tanto vigor que Joe também atingiu o auge, experimentando uma completude totalmente nova para ele.

Ao vê-la em seus braços, ainda trêmula de prazer, com os cabelos andulados e macios sobre seu peito, Joe ouviu-a sussurrar:

Demetria: Isso foi incrível!

Então, ao olhá-la de novo, percebeu que caiu no mais profundo sono, com a inocência de uma criança.

Observou-a com cuidado. Para Joe, não havia a menor dúvida: aquela mulher foi encomendada e contratada por Jeremy Discroll. E ele caíu como um idiota na armadilha que lhe foi armada.




Próximo Capitulo ...


Desculpa novamente a demora , mais ai esta e espero que tenham gostado!

Seja bem vinda Shirley Shi :)