sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Capítulo 22 - A Virgem Sedutora

Demi sentia-se fraquejar. Seria tão mais simples deixar Joe tomar as decisões, seria tão mais agradável se ele se encarregasse de defendê-la da opinião pública, fazendo com que todos acreditassem que a amava...

Não, não poderia ser assim, porque senão ela mesma correria um sério risco de também acreditar nessa mentira.

Demetria: Não. — Determinada, sacudiu a cabeça. — Não vou me esconder atrás de você, Joe, não mentirei, nem fingi­rei. Posso ter cometido um erro imoral, na opinião de alguns. Mas, para mim, mentir seria um erro muito mais grave. Se querem me criticar ou me condenar, terei de aceitar as consequências de meus atos.

Vendo no olhar de Demi o temor e a altivez lutarem entre si, Joe sentiu uma grande admiração pela honestidade dela e, ao mesmo tempo, ternura por sua fragilidade. Era tão inocente, tão sensível! Tinha de protegê-la tanto de si mesma quanto dos outros.

Joe fez a curva para entrar em sua garagem.

Joseph: Você será crucificada. Será que quer jogar tudo o que conquistou até agora pela janela, Demi? A escola, o respeito que conseguiu? Porque posso garantir que é isso o que vai acontecer.

Demetria: Existem outras escolas — respondeu ela, lutando para esconder a dor que aquelas palavras haviam lhe causado.

Joe estacionou, e só então ela notou onde estavam.

Demetria: Por que me trouxe aqui? Quero ir para minha casa,

Joseph: Você é minha noiva. Aqui também é seu lar.

Demetria: Não! Nós não podemos ficar noivos! Não é... nós não...

Joseph: Nós precisamos, Demi, não temos escapatória.

Demetria: Leve-me daqui! Quero ir para minha casa — insistiu. — Tenho uma reunião hoje à noite e, se eu não for, Myra Fanshawe vai ganhar o dia.

**

Demi afundou no sofá. A reunião fora tão horrível quan­to imaginou. Myra tentou o tempo inteiro transformar o encontro num debate de moralidade, com a clara intenção de humilhá-la.
Algumas pessoas a haviam apoiado, com os mais sinceros votos de felicidades, e alguns pais chegaram a se solidarizar com ela.

— Ficamos felizes com a decisão de seu noivo de manter a fábrica em funcionamento.
— O amor conquista tudo — acrescentou outra, com um sorriso.

O amor tinha mesmo esse poder, refletia Demi. Porém, Joe não a amava.
O telefone tocou e, achando que fosse Logan, Demi atendeu.

Logan: Você é incrível mesmo, hein, prima?

Demi suspirou.

Demetria: Já soube das novidades?

Logan: Claro que sim. A cidade inteira já está sabendo. A propósito, acho que minha mãe falou com a sua, hoje à tarde, pelo telefone.

Demetria: O quê?! Mas eu não queria que eles soubessem!

Logan: Como? — parecia confuso.

Demetria:  Ou melhor, eu não queria que soubessem, por en­quanto. — Demi apressou-se em corrigir-se. — Queria con­tar eu mesma, e tudo aconteceu tão rápido que...

Logan: Nem me diga. Confesso que fiquei atordoado quando soube que passou a noite com Joe no hotel, sobretudo porque naquele jantar você o tratou como o inimigo público número um.

Demetria: Oh, Logan... — se conteve.

Como poderia explicar para o primo toda aquela con­fusão? E para quem então ela poderia contar, senão para ele?

Quando disse a joe que não queria se esconder atrás dele, foi sincera. No entanto, de repente se deu conta de que nada era tão simples assim. Havia outras pessoas em sua vida cujos sentimentos e opiniões Demi precisava levar em consideração.

Depois de desligar, ficou ali parada, mordendo o lábio por alguns minutos, antes de pegar de novo o aparelho. Com as mãos trêmulas, discou o número de Joe.
Bastou o som da voz dele, ao atender o telefone, para causar-lhe nervosismo.

Demetria: É Demi. Estive pensando sobre o que você disse, quan­to a nosso noivado, e eu concordo.

Ao perceber que Joe não dizia nada, a boca de Demi secou. E se ele tivesse mudado de ideia? E se houvesse desistido de defender sua própria reputação e não achasse mais que era sua responsabilidade defendê-la?

Em seguida, ouviu o clique do telefone no gancho e sentiu um arrepio fortíssimo. Ele não queria mais!

E agora? O que iria fazer?

Dez minutos mais tarde, Demi estava encolhida no sofá, quando ouviu a campainha tocar.
"Deve ser Logan", pensou ao se levantar para ir atender, descalça.

Mas não era Logan, e sim Joe! Caminhando até a sala de entrada, percebeu que ele trazia uma garrafa de champanhe e duas taças.

Joseph:  Só existe uma maneira de um casal comemorar o compromisso que assumiram um com o outro, Demi. E isso inclui uma cama e muita privacidade. De preferência, uma cama grande e um longo período de privacidade. Mas, já que nosso noivado não é o tipo de compromisso para todo o sempre, achei que champanhe seria muito bom.

Quando terminou de falar,Joe olhou para ela. Demi sabia que estava vermelha, não de raiva ou vergonha, percebeu, sentindo-se culpada, mas com a reação que as palavras de Joe haviam lhe provocado.

Joseph: Evidente que se você preferir a primeira alternativa... — sugeriu, meloso.

Demi o encarou, indignada.

Demetria: Eu preferiria não me encontrar nesta situação.

Quando ela se virou para o outro lado, Joe se perguntou o que Demi faria se ele lhe dissesse que estava prestes a tomá-la nos braços e que gostaria de levá-la para um lu­gar onde ficassem a sós, para que pudesse saciá-la com seus beijos, oferecendo-lhe tanto amor, tanto...
Tanto o quê? Tanto que ela diria que também o amava?

Joseph: Como foi a reunião de pais? — Joe abriu a garrafa.
Demetria: Nosso noivado abriu a discussão. — Demi fez uma careta.

Decidiu não contar que Myra lhe disse, antes de sair, que pretendia comunicar tudo às autoridades.

Joseph: É só tempestade em copo d'água. Daqui a seis meses, ninguém vai se lembrar disso.

Não foi isso o que Joe disse antes, quando insistiu no noivado como única forma de evitar um escândalo para ela. Demi mordeu o lábio. De qualquer maneira, dentro de seis meses, poderia já tê-la esquecido, mas ela jamais se esqueceria dele.

Joe ofereceu-lhe uma taça.

Demetria: Não, eu não posso.

Para seu alívio, ele não insistiu. Apenas apoiou a taça numa mesa, antes de perguntar:

Joseph: Por causa do que houve no hotel, depois que tomou aquele coquetel? 

Antes que ele concluísse,Demi fez que não. Não era esse o motivo, por estranho que parecesse, diante daquelas circunstâncias.

Demetria: Não, Joe. É que eu detesto ter de fingir assim. Não acho certo fazer um brinde tão tradicional e romântico numa situação artificial, uma ficção.

A honestidade dela, tão direta e inesperada, comoveu Joe. Demi parecia tão triste, tão adorável que ele tinha vontade de estreitá-la contra si.

Joseph: Não...
Demetria: Por favor, não quero mais falar sobre isso. — Ela se ergueu e foi até a sala.
Sabia o que ele pretendia dizer. Diria que, diante de tudo aquilo, a franqueza deles não importava. Talvez não para ele, mas, para ela, sim. Sobretudo porque, no conceito de Demi, aquele cinismo significava uma falta de res­peito em relação a um costume, um gesto tão especial quanto uma comemoração de noivado, reservada apenas às pessoas que se amavam.

Demetria: Gostaria que você fosse embora, Joe.

Por um momento, ele hesitou. Demi parecia tão frágil que gostaria de ficar a seu lado. Estava pálida e cansada. Franzindo a testa, observou-a mais uma vez.

Joseph: Demi, sei que já falamos sobre isso, mas... se existe alguma chance de você ter se enganado e estar grávida, então eu...

Demetria: Não estou!

Demi chegou a crer que pudesse ter se enganado, julgando-o mal. Mas, mesmo que suas defesas tivessem fraquejado, diante da sensibilidade e da preocupação que lhe demonstrou minutos antes, Joe acabava de lhe dar a prova de que precisava. Não se enganava, agora sabia com convicção.

Só havia um motivo para ele estar ali, só uma pessoa com a qual se preocupava, e não era ela ou a criança que Joe não desejava.

Demetria: Estou exausta, Joe. Quero que você vá embora.

Ao entrar na Mercedes, Joe se indagava o que havia pretendido com tudo aquilo. Será que pensou que o simples fato de aparecer com uma taça de champanhe para comemorarem aquele noivado fictício bastaria para fazê-la se apaixonar? Como se isso fosse possível...


Podia ser um tolo, mas era um sujeito honrado e queria defender Demi e sua reputação. E, por enquanto, manter aquela farsa diante de todos era a única maneira de con­seguir isso. Dentro de pouco tempo, daria a ela um anel de brilhante, para selar o noivado deles diante de todos.


Próximo Capitulo ....




Esse capitulo foi meio chato mais os próximo vão melhorar ... 
Me desculpem o atraso para postar mais sabe como è , tercero ano `e foda! 
Nao sei quando posto outro mais relaxem que nao vou demorar uma eternidade , beijos e bom final de semana !!!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Capítulo 21 - A Virgem Sedutora

Joe  consultou o relógio. Passou a tarde inteira em reuniões, mas agora ficou livre.

Tinha consciência de que deveria avisar Demi sobre o noivado deles. Contudo, depois do que aconteceu na última vez em que a viu, acreditou que talvez fosse melhor telefonar.

A aula já devia ter terminado. Joe poderia dirigir até a vila e ligar para a casa dela de lá. Explicaria o que aconteceu e, dali a pouco, assim que a situação esfriasse, eles poderiam, com discrição, dizer que tinham rompido o noivado.

Só de lembrar a expressão de Jeremy , quando naquela manhã contou o falatório sobre Demi, com os olhos cheios de malícia, Joe sentia vontade de avançar sobre ele. Queria ter o direito de poder defender Demi, de protegê-la de verdade. E, em seu modo de ver, a melhor maneira de fazer isso era colocar-lhe uma aliança na mão esquerda: uma aliança de casamento!

Era mesmo bem mais italiano do que imaginava, reconheceu, ao caminhar para o carro, o que o fez recordar que precisava ligar para seus pais. A visita que prometeu fazer teria de ser adiada, pelo menos até que soubesse  se estava tudo bem com Demi.


Xxx: Você virá à reunião esta noite, não é?

Demi ficou tensa ao ouvir a pergunta que Myra  fez, na frente de um grupo de pais, perto do portão.

Myra: Agora que arranjou um noivo rico, creio que não se preocupará tanto mais como futuro da escola ou dos alunos.

Um noivo rico. Ela? Do que Myra estava falando?

Nunca se sentiu tão exausta depois de uma jornada de trabalho, mas, lógico, esse não foi um dia normal. Por isso, era natural que estivesse com sono e quisesse dormir.

Contudo, antes, teria de comer anchovas! Por algum motivo, passou a tarde inteira com esse desejo, o que era muito estranho, já que não costumava comer anchovas. Nem ao menos gostava muito desse peixe.

Myra estava de pé diante dela, com os olhos apertados, agressivos e frios.

Myra: Não pense que por estar noiva de Joseph Jonas se livrará de responder algumas questões que os pais, e até mesmo, as autoridades da Delegacia de Ensino, vão lhe fazer. — Fungou, antipática. — E...

Demetria: Só um minuto. Você afirmou que estou noiva de Joseph. O que quer dizer com isso?

Mais uma vez, tornou a sentir tontura, ondas de calor e de frio, perguntando-se de onde Myra teria tirado aquela história absurda e com que direito espalhava o falatório por todo canto. Olhou ao redor e viu, para seu espanto e desespero, que os demais pais as observavam.

Myra: É um pouco tarde agora para assumir esse seu ar de inocência, professora. Embora eu seja obrigada a dizer que deveria ter pensado antes numa forma de preservar o bom nome de nossa escola.

       Demetria: Myra... — Demi começou a falar, quando viu alguns pais se afastarem para dar passagem a Mercedes que estacionava mais além.

Myra: Bem, aí vem seu noivo.

Joe saía do carro.

Myra: Só espero que ele não pense que só porque comprou Frampton por uma ninharia, contra a vontade dos donos da fábrica, segundo Jeremy me falou, tem algum poder por aqui. Jeremy sempre se preocupou com seus operários

Demi não podia acreditar no que estava ouvindo.
Joe se aproximava e, por algum motivo, Demi decidiu não tentar entender a situação aquele momento. Percebeu, no entanto, que uma parte dela estava feliz de  vê-lo ali.

Sem uma palavra, Joe se aproximou de Demi, tomou-lhe o braço e saiu com ela dali, não sem antes beijá-la no rosto. Então, murmurou em seu ouvido:

Joseph: Explicarei tudo quando estivermos sozinhos.

Então, para que todos pudessem escutar, falou, alto e bom som:

Joseph: Sinto muito, querida, eu me atrasei. Tive de resolver alguns assuntos.

E, sem lhe dar oportunidade para dizer nada, levou-a para o automóvel, abriu a porta da Mercedes para que Demi entrasse, e se acomodou no banco do motorista.

Demi esperou até ter certeza, antes de perguntar, agitada:

Demetria: Muito bem, agora que não há mais ninguém a nos observar, pode me explicar o que está acontecendo e por que Myra  espalhou para todos que estamos noivos?

Joseph: Myra Fanshawe? — Joe a fitou, surpreso.

Demetria: Aquela que estava perto de mim quando você chegou. — Cansada e com fome, tinha vontade de se atirar nos braços de Joe e chorar. — Ela é amiga íntima de Jeremy .

Joseph: Ah, é mesmo? Então, isso explica como ficou sabendo sobre nosso noivado.

Demetria: Como é?! — Demi perguntou para ele, furiosa. — Que noivado?! Não estamos noivos...

Joseph: Oficialmente, não, mas... Demi, eu não tive escolha. Jeremy me falou que você foi vista quando saía de minha suíte naquela manhã. Ele foi tão...

Joe não queria comentar a atitude desagradável de Jeremy e o desrespeito com que se referira a ela.

Demetria: Sei o que vai dizer. Se fui vista saindo de seu quarto, devo ser uma mulher fácil, que não serve para dar aulas a crianças. Pelo amor de Deus, tudo o que fiz foi ir para a cama com você... duas vezes. Isso não significa que...

Espantada, sentiu seus olhos se encherem de lágrimas e a voz, engasgada, transbordar a emoção que sentia.

Joseph: Sei o que isso quer dizer e o que não quer dizer. Porem, só nós dois sabemos disso. Você entende a que estou me referindo, não?

Ao vê-la desviar o olhar, sem dizer nada, Joe notou que Demi corava e sentiu o coração se apertar.

Joseph: Acho que não gostaria muito se eu publicasse um anúncio no jornal, afirmando que você era virgem até o dia em que dormiu em minha suíte.

Demetria: Isso não significa que precise dizer que somos noivos.

Joseph: Fiz isso para proteger você.

Como ele tinha coragem de dizer isso, depois de afirmar que não queria o filho deles? Ou estaria tomando essa atitude para que confiasse nele, para mantê-la a seu lado, porque assim seria mais fácil controlá-la e agir rápido, se fosse preciso?

Demetria:  Não precisa me proteger, Joe. A responsabilidade não é sua.

Joseph: Em sua opinião, talvez não. Mas não concordo Demi. Você não é a única que tem um nome a zelar, e sabe disso. — A voz dele tornou-se, de repente, tão grave que Demi se virou para olhá-lo, arrependendo-se logo em seguida.

A simples visão do perfil de Joe despertou nela um desejo incontrolável que abafou todas as outras emoções que experimentou.
Você não pode sentir isso por ele, dizia-se para si mesma, em pânico. "Não pode desejá-lo, e muito menos amá-lo."

Um pequeno som, algo entre a dor e o desespero, brotou da garganta dela.

Joseph: O que acha que falarão de mim, depois que se tornar pública a notícia de que eu e  você...

Demetria: Quer dizer que está fazendo isso por você e não por mim, Joe?

Joseph: Faço isso porque é a única saída que temos.



Próximo Capitulo ...


Amanha infelizmente não vou poder postar! mais quinta eu to aqui podem ter certeza, bjs pra vocês