sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

CAPÍTULO 6

             ATRAÇÃO IRRESISTÍVEL


Demi: Quem é você? — perguntou Demetria — E o que quer?
Joe: Sou Joseph Jonas, o mais velho dos meio-irmãos de Nicholas, do primeiro casamento de nosso pai.
 
Liam havia mencionado a família de Nicholas para ela... ou melhor, tentado. Mas Demi se recusara a ouvir.Nick tinha, afinal de contas, se negado a reconhecer o próprio filho.

Demi: Você é irmão de Antônio?


No tom de incredulidade dela, Joseph detectou alguma coisa que parecia revolta.
Quase não podia culpá-la por isso. De fato, compartilhava sua revolta.
Joe: Não — corrigiu ele inflexível. — Somos apenas meio-irmãos.
 


Como ela entendia aquela necessidade de diferenciar-se do suposto parente! Mas era ridículo permitir-se imaginar que tinha algo em comum com aquele homem que pudesse compartilhar a antipatia e a culpa que tanto fizera parte de seu sofrimento.
Mesmo agora, ainda podia ouvir sua mãe quase suplicando:

Dianna:Mas, querida, Liam está tentando ser seu amigo. Por que você não pode ser mais agradável?


Ela tentara arduamente explicar seus sentimentos à mãe, mas como se pode explicar algo que nem você mesma entende?
No final, aquilo levantou uma barreira entre eles... de um lado ficava Liam, o bom enteado, e do outro, ela, a filha má.


Onde ela tinha ido?, Joseph imaginou, observando as sombras de dor que lhe escureciam os olhos. Para algum lugar no passado, reconheceu.
Todavia, ele estava ali para o presente e o futuro.
Ela devia ressentir-se de Nick, mas seu amor pelo filho era óbvio. Segundo seus informantes, Demi era uma mãe exemplar, devota e amorosa, excetuando o fato que, por alguma razão, havia recusado a oferta do meio-irmão de um lar sob seu próprio teto. Liam não fora capaz de fornecer-lhe uma explicação lógica para aquela recusa, embora tivesse sugerido que existia alguma espécie de disputa entre os dois, a despeito de todas as suas tentativas de reparar o estrago.

Liam: Ela sempre foi inclinada a ser muito emotiva e reagir de forma exagerada — Liam dissera a Joseph. — Tudo que eu quis foi ajudá-la.
 


Joseph:Não houve amor entre nós três e Nicholas. — A voz de Joseph, seu inglês perfeito e sem sotaque, trouxe Demi de volta do passado. — Não vou esconder este fato de você... nem o fato que Nick era o filho favorito de nosso pai. Posso também assegurá-la que a escolha de estilo de vida de Nick não era a nossa. Isso nunca foi perdoado por nós.

Demi o olhou e depois desviou o olhar, seu coração batendo forte, como sempre acontecia toda vez que pensava na concepção de Daniel. Joseph Jonas estava, obviamente, tentando dizer-lhe que ele e seus irmãos não eram da mesma espécie do meio-irmão caçula, e que o conceito de moral deles era muito diferente do de Nicholas. Mas por quê?
Ele olhou para Daniel por um longo momento, então continuou:

Joe: Antes de morrer, Nick disse ao nosso pai que havia um filho. Mas morreu antes que pudesse revelar mais detalhes. Era tão grande o amor que nosso pai sentia por Nick que ele exigiu que a criança fosse encontrada. Quando não se conseguiu localizar a criança, assumimos que a existência dela era outro exemplo do divertimento enganoso de Nick, que gostava de enganar a todos. — Joseph fez uma pausa e pôde notar, pelo modo como ela apertava a alça do carrinho, o quanto estava tensa.


A crueldade do que Demi sofrerá deixaria qualquer pessoa decente revoltada. O único aspecto que aliviava a situação era que ela, aparentemente, não recordava o ocorrido.
Não havia dúvida na mente de Joseph que o estupro fora um ato deliberado de punição, com pretensão de humilhá-la... porque Nick não foi bem-sucedido ao tentar seduzi-la.
Joe: Naturalmente, quando chegou ao meu conhecimento que poderia haver uma criança, eu precisava descobrir a verdade.

Ele havia parado de andar agora, forçandoDemi a fazer o mesmo.

Demi: Como isso chegou ao seu conhecimento?

Joe : Um amigo de Nick me contou sobre sua bebida ter sido alterada e sobre o que ele fez.

Demi teve o desejo infantil de fechar os olhos, como se, de algum modo, tudo pudesse desaparecer magicamente.                                                  

Somente ouvi-lo dizer aquelas palavras era uma humilhação total e completa.

Joe:  Sei que você entrou em contato com Nick para lhe contar do nascimento do filho dele...

Demi: Não — exclamou— eu não entrei em contato com ele. Jamais faria isso. Foi meu meio-irmão. Eu não sabia de nada até que Liam me contou que Nick estava negando o ocorrido.

Joseph franziu o cenho. Seria aquele o motivo da briga entre eles?


Joe: Seu meio-irmão não mencionou nada sobre a recusa de Nick quando falei com ele. Estava mais preocupado com você e pediu-me para mantê-lo informado de qualquer progresso que eu tivesse na minha busca.

Demetria sentio seu coração tivesse parado de bater. Voltou-se para ele, implorando-lhe:
— Você não disse a ele onde estou, disse? 



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  E ai tão gostando??!! Eu sei que tem pouco dialógo entre os personagens , mais vai melhorar!!
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CAPÍTULO 5

                                                             ATRAÇÃO IRRESISTÍVEL




Liam  os encontrara!


     
     Falando a verdade, a creche não deveria permitir qualquer pessoa não autorizada por um dos pais ter acesso a nenhuma das crianças, mas Demi sabia o quanto Liam podia ser persuasivo. Ela sentiu o estômago nauseado. Ele tentaria retomar sua vida novamente. Diria que era para seu bem. Com toda certeza, lembraria a Demetria que os pais haviam deixado a

herança para ele porque confiavam em Liam para cuidar da irmã... mesmo que sua mãe lhe dissera que a casa seria sua um dia, porque pertencera a seu pai.


Suri: Ele está na sala de espera — informou-lhe a sra. Suri
Demi assentiu, mas em vez de ir para a sala de espera foi para o lugar onde outras mães estavam ocupadas aparelhando seus filhos.


Daniel estava sentado no chão, distraído com alguns brinquedos e, como sempre, ao vê-lo, o coração de Demi inundou-se de amor. No minuto que ele a avistou, ergueu os braços para ser pego. Somente depois de aninhá-lo nos braços Demi sentiu-se com coragem para olhar através da parede de vidro da sala de espera adiante.


 Havia apenas uma pessoa lá. Estava de pé, de costas para o vidro, e não era Liam. Mas qualquer alívio que pudesse sentir foi obliterado pelo choque do reconhecimento que a dominou, causando-lhe exatamente a mesma sensação de formigamento em todo o seu corpo que a percorrera pela manhã no saguão do hotel, quando ele a segurara.  

 
Demetria pressionou Daniel mais junto ao corpo no mesmo momento em que o homem do saguão do hotel virou-se.
Ele não estava usando os óculos escuros, e ela podia ver-lhe os olhos.
Sentiu uma falta de ar tão grande que lhe causou dor física. Soube quem ele era imediatamente. Como não poderia tê-lo reconhecido quando os olhos à sua frente eram idênticos aos olhos de seu filho? Que ele e Daniel compartilhavam o mesmo sangue não havia dúvida... todavia, ele não se parecia em nada com o pai de Daniel , o homem que a violentara! Nicolla Jonas tinha um rosto carnudo e olhos castanhos frios, muito próximos um do outro. Aquele homem era alto, com ombros largos e o corpo, como ela já sabia, era rígido e musculoso.


Ele estava barbeado, os cabelos escuros bem penteados, enquanto Nick deixava a barba sem aparar e os cabelos eram emplastados de gel.
Tudo naquele homem dizia que possuía altos padrões para si mesmo, e ainda mais para os outros. A palavra dele, uma vez dada, seria para sempre.
Tudo em Nick dizia que ele não era confiável, mas, a despeito das diferenças entre os dois, aquele homem só podia ser parente do homem que a estuprou.

Daniel era a prova disso. Demi quis virar-se e fugir, o medo apossando-se de seu ser, enquanto sentia suas defesas enfraquecerem. Mas o medo que sentia não era por si mesma, teve tempo de reconhecer. Era um medo diferente, que parecia consumi-la. Instintivamente, sabia que aquele homem não era ameaça para ela. O interesse dele não era nela. Era no seu filho  ..... em Daniel!

Sua boca ficou seca e seu coração batia descompassado, deixando-a sem forças. Não havia como fugir, ela sabia disso. Mesmo assim, tentou atrasar o inevitável, suas mãos tremendo quando afivelou Daniel no carrinho de bebê, e, então, relutantemente, empurrou a porta.

Ele a estava esperando no corredor e ajudou-a com o carrinho, a mão forte e bronzeada perto da dela.
Joseph franziu o cenho diante da reação dela. Aquele medo era parte do legado que Nick lhe deixara? Ele fora atingido por vê-la vulnerável mais cedo, e por seu próprio desejo não natural de tranquilizá-la.
Agora, aquele sentimento tinha voltado.
Joseph não estava acostumado a sentimentos fortes por ninguém além dos membros imediatos de sua família. Nunca negara para si mesmo seu amor e senso de proteção pelos dois irmãos mais jovens, nem sua crença que, sendo o mais velho, na falta do amor do pai e da presença da mãe em suas vidas, era sua responsabilidade protegê-los e criá-los, mas nunca antes sentira aquela necessidade intensa de proteger emocionalmente qualquer outra pessoa.
 
Era por causa da criança, claro. Não poderia haver outro motivo para sua reação ilógica.
Tinham sido necessárias diversas horas de ligações telefônicas para detectá-la através da agência que a empregara... graças àquela recepcionista desprezível, que o impediu de segui-la no hotel.
 
Naquela manhã, Joseph havia sentido pena de Demetria. Agora estava motivado pelo seu dever ao nome de sua família a consertar a violência que Nick cometeu. E, é claro, assegurar que o filho de Nick crescesse sabendo de sua herança Jonas. Levou tempo demais e muito dinheiro para rastreá-lo, mas agora que o localizou não havia dúvida que a criança era um Jonas. Ele soube no minuto que o viu na creche. A herança do menino estava estampada em suas feições, e Joseph viu pela expressão da mãe que ela sabia disso também. 

Eles estavam do lado de fora agora, sem ninguém para ouvi-los.




CAPÍTULO 4



     Despedida! Demetria tinha sido despedida porque um hóspede do hotel a tocara, que horror!. A recepcionista, obviamente, contara o incidente, e uma queixa havia sido feita à firma que a empregava. O gerente ficou esperando por ela, quando ela voltou com as outras empregadas para a agência, para dar-lhe a notícia. Agora, estava desempregada!

   Apesar de ser verão, os brilhantes raios de sol da manhã tinham desaparecido, dando lugar a uma chuva.
Quando saiu para a rua, Demi vestiu sua capa de chuva, uma capa de muito boa qualidade, sobra de sua vida anterior, uma vida antes da morte de sua mãe e do nascimento do filho.
Tinha 24 anos, lembrou-se.
Velha demais para chorar porque estava sozinha e vulnerável, e desesperadamente preocupada em como iria pagar todas as contas sem seu emprego de faxineira.
As ruas da cidade estavam superlotadas, e ela não queria se atrasar para pegar Daniel na creche. Havia uma nota no quadro de avisos da creche procurando assistentes de professores para o ensino fundamental da escola.
 Demi adoraria candidatar-se, mas era muito perigoso. Eles a investigariam e descobririam que os respeitados advogados de Nicollas tinham ameaçado processá-la por proclamar que ele a estuprou, dizendo que, na verdade, ela havia consentido em fazer sexo com ele.
Sua reputação seria arruinada. Demi não podia provar que foi violentada. Seria sua palavra contra a deles, e ela não podia sequer lembrar-se do que acontecera. Sabia, sem sombra de dúvida, que não havia permitido.





Seu meio-irmão tinha ficado furioso ao receber aquela ligação telefônica dos advogados de Nick. Demi tremeu, mesmo não estando frio, e estampou um sorriso forçado no rosto quando subiu os poucos degraus de pedra que levavam à porta da creche.
As paredes, pintadas num brilhante amarelo, eram decoradas com ilustrações coloridas das crianças, e a sra. Suri, uma das mais velhas da equipe de funcionárias, cumprimentou-a com caloroso sorriso.

Suri: Há um homem esperando para vê-la. A sra. Gonzales não queria permitir que ele esperasse, disse-lhe que era contra o regulamento, mas, aparentemente, ele é o tipo de homem que não aceita as regras de ninguém senão as dele — acrescentou Suri.
Demetria sentiu um frio percorrer-lhe a espinha.


Liam  os encontrou!




 






 



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CAPÍTULO 3




                                                          ATRAÇÃO IRRESISTÍVEL


     Era ela! Não havia engano. Afinal de contas, ele tinha acabado de deixar o escritório onde os fotógrafos agrupavam-se em fila à sua frente. Não era possível não reconhecer aqueles olhos intensamente castanho claro, nem o rosto, belamente delineado, com seu pequeno nariz reto e a boca suavemente carnuda... Mesmo que, agora, a pele da moça estivesse sem vida e seu rosto mostrasse linhas de exaustão.

A mão que ela estendeu para remover a goma de mascar do piso imaculado estava vermelha e inchada, o pulso parecia delgado e frágil. Mas era ela! Por algum milagre, era ela.   


A recepcionista continuava olhando-a furiosamente, fazendo Demetria sentir uma súbita onda de raiva. Ela havia trabalhado além das horas normais, e não receberia pagamento por isso, e retirar o chiclete do piso não era sua responsabilidade. Levantou-se de modo repentino e, então, respirou com dificuldade, devido a um esbarrão com alguém. Não apenas alguém, reconheceu, quando mãos másculas a agarraram, deslizando pela pele nua de seus braços. A intenção dele era desviar-se, ela imaginou, para evitar que Demetria tropeçasse, uma vez que um homem daquele

porte dificilmente se importaria com o que acontecesse com alguém como ela.


Ele vestia um terno caro e óculos de sol, os cabelos eram escuros e a pele bronzeada.E continuava segurando-a... provavelmente, esperando que ela se desculpasse por ousar respirar o mesmo ar que ele, pensou Demetria amargamente. Então, tentou soltar-se, mas seu braço foi apertado ainda com mais firmeza. Ela o olhou. Um sentimento desconfortável estava tomando conta de seu corpo. Seu pulso começou a acelerar, e a respiração estava tão rápida quanto o ritmo do coração. Demi sentiu-se tonta, seus pulmões, privados de oxigênio, como se tivesse se esquecido como era respirar, mas, respirava, embora com muita dificuldade.


Um estranho tremor apoderou-se de seu corpo. Queria inclinar-se para ele, queria aqueles braços fortes ao seu redor, de tal forma que fosse pressionada contra a masculinidade do homem. Percebendo que seu corpo tinha esquentado perigosamente, sentiu culpa e vergonha.
 

O mais extraordinário sentimento envolveu Joseph no instante em que a tocou.Ele não sabia o que era, ou de onde tinha surgido. A única comparação que veio prontamente à sua cabeça era a lembrança de ser jovem e ficar em um dos mais perigosos penhascos da Sicília, no meio de uma violenta tempestade, sentindo o vento atingi-lo, sabendo que poderia abatê-lo e fazer o que quisesse com ele.
  

Quisera tanto lutar contra o poder dos elementos como render-se a eles. O que sentiu havia sido uma mistura de pavor e prazer, uma consciência de um poder imenso e um desejo de testar-se contra isso. Era uma sensação de estar vivo, de estar à beira de algo perigoso e excitante



A recepcionista deixou o balcão e estava se aproximando. De algum modo, Demetria conseguiu livrar-se dele e pegar o balde, pretendendo se afastar rapidamente.
Podia ouvir a recepcionista desculpando-se, enquanto ela fugia.




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CONTINUA .........