quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Capitulo 17 - A Virgem Sedutora + Divulgação

Mais afetada por tudo o que aconteceu do que gostaria de admitir, Demi  sentiu-se exausta. Costumava ter energia de sobra, mas nos últimos dias sentia-se fisicamente péssima.

Ao chegar a seu chalé, subiu a escada com intenção de pegar algumas roupas para lavar. Porém, ao ver a cama em seu quarto, não resistiu.

Acordou com o som da campainha. Ao ver que dormiu vestida, desceu, ainda tonta de sono, com o pulso acelerado, temendo que Joe surgisse a sua frente.

Depois da noite maravilhosa que passaram juntos, ficou muito triste ao descobrir o desespero dele em deixar bem claro que não queria nada com ela.

Mas não era Joe que estava ali, e sim Logan. Enquanto abria a porta para o primo entrar, viu o jornal que ele sacudia.

Logan:  Você saiu na primeira página! Ainda não leu as notícias?

Demi pegou o jornal da mão dele e deu uma olhada, sentindo-se corar de vergonha quando viu sua foto, no momento em que a polícia a prendeu.

Logan: Eu já estava me preparando para tirar minha prima da prisão — brincou Logan, acompanhando-a até a peque­na cozinha. — Mas, pelo que eu ouvi dizer, Joe chegou lá primeiro.

Demetria: Quem lhe contou isso?

Logan: Telefonei para a polícia. O delegado deu a entender que Joseph  deve ter feito a maior pressão para que Jeremy Discroll desistisse de abrir inquérito contra você.

Demetria: Desistir? Mas Joe me disse que Jeremy tinha mu­dado de idéia, só isso.

Logan:  Só se foi depois de ouvir Joe ameaçar processá-lo, caso mantivesse a denúncia. Parece que Joe ficou mais de meia hora ao telefone, para convencer a polícia de que não queria registrar nenhuma queixa contra você, nem contra os funcionários. Pelo visto, querida priminha, Joe se preocupa demais com seu bem-estar, caso contrário não teria se dado ao trabalho de fazer tudo isso para defendê-la. Será que estamos diante de mais um romance clássico sobre dois adversários que acabam se apaixonando?

Mas, ao ver a expressão de Demi, desesperada e branca como cera, Logan interrompeu a brincadeira.

Logan: Você está bem? — indagou, preocupado.

Demetria: Estou...

Logan:  Quer sair para jantar hoje?

Demetria: Não, Logan, tenho de que trabalhar um pouco, preparar umas coisas para a aula de segunda-feira. Obrigada.

Logan estava quase chegando à saída, quando se virou.

Logan: Joe se reuniu hoje de manhã com o pessoal da fábrica. Ele adiantou alguma coisa para você sobre o teor dessa conversa?

Demetria: Não. Por que deveria?


Logan:  Demi, tem alguma coisa errada. Não está em seu normal, querida. O que...


Demetria: Não tem nada de errado comigo, Logan. Estou can­sada, só isso.


Sentia remorso por ter de mentir para o primo, que era também seu melhor amigo. Entretanto, não tinha alternativa.


Um silêncio perturbador seguiu-se a sua resposta, antes de Logan girasse a maçaneta.


Demi observou-o partir. Foi seca com ele, sabia disso, e teria de se explicar e pedir desculpas. Faria isso mais tarde. Por ora, não tinha a menor condição de fazer nada racional. Tudo o que queria era pensar em Joe e naquilo que Logan lhe revelou.

O fato de saber que Joe interferiu em seu favor com autoridades a confundia. Afinal, ele deu a entender que o superintendente lhe telefonou e que a decisão de libe­rá-la do depoimento partiu da polícia, apenas.

Saber-se devedora de um favor a Joe a incomodava. Isso não mudava nada o que ele lhe disse. De jeito nenhum. Jamais o perdoaria por ter dito o que disse.

De qualquer forma, teria de agradecer-lhe pelo que ha­via feito, e seria melhor tirar esse fardo das costas o quanto antes. Tensa, decidiu subir para tomar um banho e trocar-se.

***

Joe viu quando Demi se aproximou de sua casa, caminhando pela calçada que dava na porta principal. Estava sentado na sala que usava como escritório e acabava de ter uma conversa telefônica com seu novo sócio na em­presa de distribuição que pretendia montar.

Como informou aos representantes dos trabalhadores na fábrica de Frampton, decidiria mantê-la em operação, mas caberia a eles provar que tomara a decisão certa. Esperava ver a produção crescer, para garantir sua competitividade no mercado internacional.

Apesar de ser um dia quente de verão, Demi usava uma roupa formal, um conjunto preto de calça e jaqueta sobre uma camisa branca.

Joe, ao contrário, pusera-se bem à vontade depois de chegar do trabalho. Mesmo assim, Demi ficou impressionada com sua aparência, tão máscula, quando ele abriu a porta para recebê-la, antes que tocasse a campainha.

Por que tinha de se sentir daquele jeito sempre que o via? O amor por ele ficou abafado pela raiva provocada pelas palavras tão insensíveis que Joe disse aquela manhã.

Talvez para ele, um homem de negócios poderoso, uma criança que não fazia parte de seus planos fosse um problema a ser eliminado, mas Demi nem sequer cogitava a possibilidade de interromper uma gestação, mesmo que levasse em conta a probabilidade, ainda que remota, de estar grávida. Afinal, mentiu ao dizer para Joe que tomou os devidos cuidados para não engravidar.

Demetria:  Logan foi me visitar e disse que devo agradecer a você pelo fato de não ter sido intimada a depor, hoje de manhã.

Joseph: Demi...

Demetria: É verdade?

Joseph: A polícia concordou comigo. Não fazia o menor sentido levar isso adiante, se a manifestação foi um ato pacífico.

Demetria: Sei. Por que fez isso, Joe? Para que eu ficasse lhe devendo um favor? Por que faria algo assim, será que posso adivinhar? Para que pudesse exigir que eu...

Joseph: Agora chega!

Surpresa, Demi se calou. Joe a encarava, furioso. Será que ela chegaria ao ponto de imaginar que a obrigaria a fazer amor com ele?

Por trás da ira, num nível muito mais profundo, Joe era ferido por uma dor cruel.

Demi jurou para si mesma que não ia se deixar convencer de que estava errada. Depois do que houve naquela manhã, para ela era lógico que Joe seria capaz de chantageá-la, pelo fato de tê-la ajudado a não ir para a prisão. Em troca de sua liberdade, ele poderia fazer exigências no caso de uma gravidez acidental.

A angústia a torturava. Ignorando a tensão insuportável entre os dois naquele momento e a raiva evidente no olhar de Joe, Demi protestou:

Demetria: Não se importa, não é mesmo, Joe? Os sentimentos, a vida humana, para você tanto faz. Está feliz em fechar a fábrica e despedir os empregados...

"E também por negar a seu filho o direito de nascer", pensou, mal suportando a tristeza que essa constatação lhe causou. Sofria, não pela criança, porque tinha certeza de não estar grávida, mas pela desilusão, pela destruição dos sonhos tolos que teve.

Bem no fundo, Demi o imaginava como um herói, um homem muito especial, cheio de virtudes, como o instinto protetor em favor dos mais fracos. Era difícil aceitar que se enganou. Doía muito.

Para Joe, bastava. Como Demi podia acusá-lo de não ter sentimentos? Se fosse insensível como Demi afirmava, estaria na cama com ela naquele exato momento.

Lutava para controlar a raiva, mas não podia deixar de reagir.

Joseph: Se esse é seu jeito de me convencer a manter a fábrica aberta, fique sabendo que a tática que usou na suíte do hotel teria sido muito mais eficiente.

Assim que disse isso, Joe se arrependeu. Mas era tarde demais.

Demi o olhava, espantada, boquiaberta. Como ele podia ter jogado tão sujo? Bem, assim sendo, decidiu fazer o mesmo. Joe não perdia por esperar, logo descobriria que ela também era capaz de contra-atacar.

Demetria: Se eu achasse que a tática daria certo, poderia ter arriscado usá-la de novo. Mas se eu estivesse em seu lugar...

Joseph: Faria tudo diferente?

Demetria: Na verdade, iria me certificar dos fatos, antes de sair por aí fazendo acusações. E para mim, chega dessa conversa fiada, não quero ouvir mais nada. — Demi deu-lhe as costas e, lançando-lhe um último olhar, foi embora, antes que Joe tivesse tempo de tentar impedi-la.

Por que não falou que encontrou uma solução para manter a fábrica aberta? Por quê? Porque seu ego monumental e estúpido não lhe permitira fazer isso!


Quando Demi chegou em casa, sentia-se um pouco tonta. Decerto isso se devia ao excessivo calor e por não ter comido muito, dizia para si mesma, sem ousar imaginar qualquer outra possível causa para seu mal-estar. Isso seria bobagem.

Sim, mas não dava para negar as possíveis consequências dessa bobagem.
Não que não gostasse de crianças. Nem que não desejasse ser mãe. Mas não ainda, e não dessa maneira.

Queria ter filhos numa situação bem diferente, para serem criados com amor, por duas pessoas que se amas­sem e que estivessem comprometidas num relacionamento sério.

Estava se desesperando à toa, fazendo tempestade em copo d'água, só por causa de um simples enjoo.

Era fácil falar isso, mas difícil de acreditar. A culpa tinha um poder terrível!

Com a imaginação a toda velocidade, Demi ponderava sobre a possibilidade de ser mãe solteira e não conseguia articular um raciocínio sensato. Mesmo se estivesse grávida, seria muito cedo para ter enjoos. Mas então por que sentia náuseas?

Ora, e se tivesse engravidado? O que faria? Uma mu­lher com sua profissão, uma professora, grávida, sem ter nem sequer um namorado? Como explicaria isso aos pais dos seus alunos?

Gelou diante do comportamento que teve. Começou a fazer cálculos. Teria de esperar para ter certeza de que nada aconteceu.


Enquanto isso, tentaria não entrar em pânico.





Próximo Capitulo ...



Divulgação:

Volteeeeeeeei!! Mil desculpas, mil desculpas , mil desculpas.... como ta nas ferias eu viajei muito e  fiquei sem tempo de postar, agora podem ficar tranquilo que eu vou postar todos os dias, menos nos finais de semanas ok?  Desculpa mesmo !
Capitulo 18 ainda hoje !


Um comentário:

  1. demorou? eu pirei nas minhas ferias... entro aki todo dia achando que o painel do meu blogger pifou de tanto dar F5 kkkk...
    mais eu te entendo...
    não demora a postar por favor... vc devia fazer uma maratona, nem que seja mini...
    por favor

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