Demi ouviu o burburinho do grupo de pais,
que conversavam perto do portão da escola. Surpresa, observou-os. Em geral, às
segundas-feiras o clima era mais tranquilo, mas naquela manhã, os ânimos
pareciam exaltados. Ela, pelo contrário, sentia-se bem desanimada, concluiu, ao
ouvir uma mãe chamá-la.
Xxx: Já sabe da novidade? Não é maravilhoso?
Eu quase não pude acreditar no que ouvia, quando John passou em casa no sábado
e contou que Joseph tinha decidido manter a fábrica funcionando.
Demi ficou pasma. Joe fez isso?! Mas
ele lhe disse que...
Antes que tivesse tempo de organizar o
pensamento, outra mãe entrou na conversa, parabenizando-a pelo papel que teve na manifestação da semana anterior.
Xxx: Nós todos ficamos, muito impressionados
com o jeito como Joseph falou de você na polícia, afirmando que não
tinha intenção de levar as coisas adiante. E depois, quando soubemos que ele
não ia mais fechar a fábrica... Bem, isso muda tudo. Talvez Joe não seja bem
como imaginávamos. — Mas, antes de prosseguir, deu um olhar desconfiado, como
se quisesse insinuar algo. — Claro que você deve ter ficado sabendo da notícia
antes de nós.
Demi corou. Os demais pais também se
viraram, olhando-a com uma estranha curiosidade, mas ela não fazia a menor
idéia do motivo. Até que ouviu Myra Fanshawe exclamar, com veemência:
Myra: Eu acho tudo lamentável. Uma pessoa na posição dela, uma professora e
coordenadora da escola, se envolver num escândalo dessa natureza... Devo dizer,
no entanto, que isso não me surpreende. Nunca gostei de alguns dos métodos de
ensino que Demi adota.
Myra estava de costas para Demi,
conversando. Ao notar que Demi se aproximava, a outra mulher, corando de
constrangimento, murmurou algo.
Mas Myra, ao contrário, não estava nem um
pouco constrangida. Levantou a cabeça, petulante, e disse ainda mais alto:
Myra: Sinto muito, mas não me importo se ela
ouvir o que estou falando. Afinal de contas, o erro foi dela. Imagine,
comportar-se dessa maneira! Passar a noite na suíte dele, no hotel! E depois
quer que acreditemos que é a virtude em pessoa!
Demi fervia por dentro, roxa de vergonha, vendo os outros pais e mães recuarem, à medida que ela se aproximava.
Ao perceber a expressão maliciosa e
triunfante de Myra, sentiu o coração apertado. Demi não gostava dela, mas o que
estava em jogo no momento era uma outra questão, muito mais séria e perigosa,
algo que punha em risco sua reputação.
Consciente de suas responsabilidades
dentro da escola e diante dos pais, Demi tomou coragem, respirou fundo e
decidiu enfrentar Myra:
Demetria: Presumo que eu seja o assunto dessa conversa, e nesse caso...
Myra: Não vai tentar negar o fato, espero — a interrompeu, grosseira, antes que Demi terminasse de falar. — Não ia
adiantar nada, e só pioraria tudo ainda mais. Selena, a recepcionista do hotel,
é minha afilhada, e ela viu quando você chegou lá. E quando saiu, na manhã
seguinte. Ao ver sua fotografia no jornal, reconheceu-a na hora. Selena custou a
acreditar que você pudesse participar de uma manifestação na fábrica, depois de
ter passado a noite com o proprietário.
Demi estremeceu. Isso era muito pior do
que pudesse imaginar e, pela forma como as outras mães a fitavam, percebia que
estavam chocadas com as revelações de Myra.
O que poderia dizer em sua defesa? Diante
da atual circunstância, como justificar sua atitude?
Demi concluiu que nada do que dissesse
tornaria a situação menos comprometedora. E, se falasse a verdade, seria ainda
pior.
Myra: Percebe que, como presidente do
conselho, é meu dever levantar essa questão, já que seu comportamento deixa
dúvidas quanto a sua integridade...
Demetria: Eu não...
Myra: ...e, além de tudo, foi parar na
delegacia, solta sob fiança. Acho que a Delegacia de Ensino deveria ser
informada desses fatos. Afinal, eu, como mãe, tenho de zelar pela moral de meu
filho.
Myra não parava de falar, com tanto
fervor que alguns pais arregalaram os olhos, diante do que ouviam.
Para alívio de Demi, o sinal tocou, e as
crianças foram para as classes, dando-lhe a oportunidade que queria para
escapar daquela tortura.
Da tortura talvez, pensava, enquanto
olhava pela janela de sua sala, meia hora mais tarde, mas não do tormento
propriamente dito.
Notou as expressões dos
demais pais, uns, de piedade, outros de sádica curiosidade, enquanto Myra
revelava o pior de seus segredos.
Demi sabia que Myra tinha poder
suficiente para infernizar sua vida e de sua família. Os outros membros do
conselho, claro, ficariam preocupados com a probidade e a moral de sua
coordenadora e professora e, embora Demi achasse improvável que as autoridades
educacionais tomassem alguma medida legal contra ela, sabia que sua imagem
afetaria o bom nome da escola.
Quanto às ameaças de Myra de denunciá-la
à Delegacia de Ensino, talvez fossem exageradas. Mas Demi jamais insistiria em
permanecer na escolinha, se isso fosse contra a vontade dos pais ou se
achassem que ela não servia para cuidar de seus filhos.
Estava arrasada. Se isso acontecesse, se
fosse obrigada a renunciar ao cargo depois de tudo o que fez, depois de
tanto trabalho!
Mas o que poderia dizer em sua defesa?
Aquele comentário maldoso de Myra sobre a preocupação que tinha com a moral do
filho feriu muito Demi.
Sua cabeça começou a doer. De manhã,
obrigou-se a tomar um café reforçado, para provar a si mesma que não estava
tendo os enjoos matinais que toda grávida costuma ter no início da gestação.
Agora, a comida pesava-lhe no estômago.
Seria por causa de tensão, da angústia e
da tristeza que sentia? Tentava se consolar, mas as histórias que ouviu sobre
mulheres que já haviam passado pela mesma situação em que ela se encontrava
a feria.
E, para piorar, Demi não tinha ciclos
menstruais regulares, ainda mais quando estava estressada.
Apesar do tumulto que Myra provocou,
Demi não podia deixar de pensar no fato de Joe não ter lhe contado que
pretendia manter a fábrica aberta. Por que deixou que ela o acusasse daquela
maneira, sem dizer nada?
**
Quando Joe soube o que aconteceu com Demi, já estava quase na hora do almoço.
Passou a maior parte da manhã com seus
contadores, negociando pacotes financeiros para acomodar as mudanças que fez nos planos originais traçados para as fábricas recém-adquiridas.
Os banqueiros receberam com bons olhos a
notícia de que Joe pretendia criar seu próprio centro distribuidor e admitiram
que, em se tratando de Joseph Jonas, a iniciativa devia ser bem-sucedida.
Mas até aquele instante, ele não
conseguia afastar Demi da cabeça,
lembrando-se da discussão que tiveram ontem. Por que deixou que
ela fosse embora daquela maneira?
Próximo Capitulo ....
Amanha eu posto mais !!
nãããão posta mais um hoje please...
ResponderExcluirte emploro...
eu amo essa fic, é tão bom ler ela... posta mais um hoje...
por favooorrrr.
Seus capítulos são um máximo,sua ortografia é muito boa Isabel.Dá um prazer tão grande ler sua fic,está cada dia mais excelente!
ResponderExcluirposta mais :)
Cara..eu amo isso..
ResponderExcluirJá tava com saudade..u.u
hsuahushua
\o/
Ameii..Como sempre..
Posta Logoo
Beijoos
s2
Ai que mulher mais chata essa Mayara zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz jaksbdkjsba mano como o jo fica sqabendo de tudo que acontece com a Demi? *0* jsbdjkfs
ResponderExcluirQuero só ver se a Demi estiver grávida mesmo o que ela vai fazer '-'
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
posta posta posta \O/