Joe consultou o relógio. Passou a tarde
inteira em reuniões, mas agora ficou livre.
Tinha consciência de que deveria avisar Demi sobre o noivado deles. Contudo, depois do que aconteceu na última vez em
que a viu, acreditou que talvez fosse melhor telefonar.
A aula já devia ter terminado. Joe poderia dirigir até a vila e ligar para a casa dela de lá. Explicaria o que aconteceu e, dali a pouco, assim que a situação esfriasse, eles poderiam, com
discrição, dizer que tinham rompido o noivado.
Só de lembrar a expressão de Jeremy , quando naquela manhã contou o falatório sobre Demi, com os olhos
cheios de malícia, Joe sentia vontade de avançar sobre ele. Queria ter o
direito de poder defender Demi, de protegê-la de verdade. E, em seu modo de
ver, a melhor maneira de fazer isso era colocar-lhe uma aliança na mão
esquerda: uma aliança de casamento!
Era mesmo bem mais italiano do que
imaginava, reconheceu, ao caminhar para o carro, o que o fez recordar que
precisava ligar para seus pais. A visita que prometeu fazer teria de ser
adiada, pelo menos até que soubesse se estava tudo bem com Demi.
Xxx: Você virá à reunião esta noite, não é?
Demi ficou tensa ao ouvir a pergunta que
Myra fez, na frente de um grupo de pais, perto do portão.
Myra: Agora que arranjou um noivo rico, creio
que não se preocupará tanto mais como futuro da escola ou dos alunos.
Um noivo rico. Ela? Do que Myra estava
falando?
Nunca se sentiu tão exausta depois de
uma jornada de trabalho, mas, lógico, esse não foi um dia normal. Por isso,
era natural que estivesse com sono e quisesse dormir.
Contudo, antes, teria de comer anchovas!
Por algum motivo, passou a tarde inteira com esse desejo, o que era muito
estranho, já que não costumava comer anchovas. Nem ao menos gostava muito desse
peixe.
Myra estava de pé diante dela, com os
olhos apertados, agressivos e frios.
Myra: Não pense que por estar noiva de Joseph Jonas se livrará de responder algumas questões que os pais, e até mesmo, as
autoridades da Delegacia de Ensino, vão lhe fazer. — Fungou, antipática. — E...
Demetria: Só um minuto. Você afirmou que estou
noiva de Joseph. O que quer dizer com isso?
Mais uma vez, tornou a sentir tontura,
ondas de calor e de frio, perguntando-se de onde Myra teria tirado aquela
história absurda e com que direito espalhava o falatório por todo canto. Olhou
ao redor e viu, para seu espanto e desespero, que os demais pais as observavam.
Myra: É um pouco tarde agora para assumir
esse seu ar de inocência, professora. Embora eu seja obrigada a dizer que
deveria ter pensado antes numa forma de preservar o bom nome de nossa escola.
Demetria: Myra... — Demi começou a falar, quando viu alguns pais se afastarem para dar passagem a Mercedes que estacionava mais além.
Myra: Bem, aí vem seu noivo.
Joe saía do carro.
Myra: Só espero que ele não pense que só
porque comprou Frampton por uma ninharia, contra a vontade dos donos da
fábrica, segundo Jeremy me falou, tem algum poder por aqui. Jeremy sempre se
preocupou com seus operários
Demi não podia acreditar no que estava
ouvindo.
Joe se aproximava e, por algum motivo, Demi decidiu não tentar entender a situação aquele momento. Percebeu, no
entanto, que uma parte dela estava feliz de
vê-lo ali.
Sem uma palavra, Joe se aproximou de Demi, tomou-lhe o braço e saiu com ela dali, não sem antes beijá-la no rosto.
Então, murmurou em seu ouvido:
Joseph: Explicarei tudo quando estivermos
sozinhos.
Então, para que todos pudessem escutar,
falou, alto e bom som:
Joseph: Sinto muito, querida, eu me atrasei.
Tive de resolver alguns assuntos.
E, sem lhe dar oportunidade para dizer
nada, levou-a para o automóvel, abriu a porta da Mercedes para que Demi entrasse, e se acomodou no banco do motorista.
Demi esperou até ter certeza, antes de
perguntar, agitada:
Demetria: Muito bem, agora que não há mais
ninguém a nos observar, pode me explicar o que está acontecendo e por que Myra espalhou para todos que estamos noivos?
Joseph: Myra Fanshawe? — Joe a fitou, surpreso.
Demetria: Aquela que estava perto de mim quando
você chegou. — Cansada e com fome, tinha vontade de se atirar nos braços de Joe e chorar. — Ela é amiga íntima de Jeremy .
Joseph: Ah, é mesmo? Então, isso explica como
ficou sabendo sobre nosso noivado.
Demetria: Como é?! — Demi perguntou para ele,
furiosa. — Que noivado?! Não estamos noivos...
Joseph: Oficialmente, não, mas... Demi, eu não
tive escolha. Jeremy me falou que você foi vista quando saía de minha suíte
naquela manhã. Ele foi tão...
Joe não queria comentar a atitude
desagradável de Jeremy e o desrespeito com que se referira a ela.
Demetria: Sei o que vai dizer. Se fui vista
saindo de seu quarto, devo ser uma mulher fácil, que não serve para dar aulas a
crianças. Pelo amor de Deus, tudo o que fiz foi ir para a cama com você... duas
vezes. Isso não significa que...
Espantada, sentiu seus olhos se encherem
de lágrimas e a voz, engasgada, transbordar a emoção que sentia.
Joseph: Sei o que isso quer dizer e o que
não quer dizer. Porem, só nós dois sabemos disso. Você entende a que estou me
referindo, não?
Ao vê-la desviar o olhar, sem dizer nada, Joe notou que Demi corava e sentiu o coração se apertar.
Joseph: Acho que não gostaria muito se eu
publicasse um anúncio no jornal, afirmando que você era virgem até o dia em que
dormiu em minha suíte.
Demetria: Isso não significa que precise dizer
que somos noivos.
Joseph: Fiz isso para proteger você.
Como ele tinha coragem de dizer isso,
depois de afirmar que não queria o filho deles? Ou estaria tomando essa atitude
para que confiasse nele, para mantê-la a seu lado, porque assim seria mais
fácil controlá-la e agir rápido, se fosse preciso?
Demetria: Não precisa me proteger, Joe. A responsabilidade não é sua.
Joseph: Em sua opinião, talvez não. Mas não
concordo Demi. Você não é a única que tem um nome a zelar, e sabe disso. — A
voz dele tornou-se, de repente, tão grave que Demi se virou para olhá-lo,
arrependendo-se logo em seguida.
A simples visão do perfil de Joe despertou nela um desejo incontrolável que abafou todas as outras emoções que
experimentou.
Você não pode sentir isso por ele,
dizia-se para si mesma, em pânico. "Não pode desejá-lo, e muito menos
amá-lo."
Um pequeno som, algo entre a dor e o
desespero, brotou da garganta dela.
Joseph: O que acha que falarão de mim, depois
que se tornar pública a notícia de que eu e
você...
Demetria: Quer dizer que está fazendo isso por
você e não por mim, Joe?
Joseph: Faço isso porque é a única saída que
temos.
Próximo Capitulo ...
Amanha infelizmente não vou poder postar! mais quinta eu to aqui podem ter certeza, bjs pra vocês
Triste? Vc promete entao posta mais um para frchar hoje com chave de ouro por favor....
ResponderExcluirEu te emploroooooooooo
Oh,está esplêndido esse capítulo,muit bom!
ResponderExcluirAdorei :))
ResponderExcluirposta logo
ResponderExcluireu adoro esta historia e perfeita
ResponderExcluirpoderia divulgar minha nova historia?
chama-se A esposa perfeita http://jemimegeradomada.blogspot.com.br/
obrigada !!:)
Ai meu deus menina to anciosa, estar perfeito..
ResponderExcluirSam
Por que parou de postar sua história é tão perfeita!!Poste mais por favor eu lhe imploro!!!! Sinto falta
ResponderExcluirse vc quiser voltar e terminar a fic como se nada tivesse acontecido eu prometo que eu não vou reclamar. Quero muito saber o final ;'(
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