Joe fez uma
careta ao passar a mão pelo rosto recém-barbeado. Não tinha a menor vontade de
sair para jantar. Mas, quando Alberto Johnson, secretário de planejamento
regional da prefeitura, ligou convidando-o para jantar em sua residência, Joe
achou que não podia recusar.
Seria bom para os negócios estabelecer uma
relação amigável com a autoridade local. Joe já havia encontrado Alberto antes
e simpatizou com ele.
Quando Alberto explicou que havia alguém
em particular que gostaria de lhe apresentar para uma conversa informal, Joe
pressentiu que o secretário ficaria decepcionado se não aceitasse o convite.
Além do mais, se saísse, pelo menos
pararia de pensar na única coisa que, desde da noite anterior, não saía de sua
cabeça: aquela mulher sensual e inesquecível que invadiu-lhe não apenas a suíte, mas
também o corpo e a mente.
Era estranho Jeremy Discroll ainda não
ter entrado em contato, e Joe esperava que aquele sujeito desagradável tivesse
suficiente bom senso para perceber que ele não estava disposto a ceder a nenhum
tipo de chantagem.
No entanto, pressentia que Discroll não
desistiria assim tão fácil. Se chegou ao ponto de pagar uma garota de programa
para invadir sua suíte era porque pretendia cobrar pelo serviço de algum jeito.
Será que Discroll já testou as
habilidades sexuais daquela morena provocante?
Joe ficou chocado quando percebeu a
tolice de sua suposição. Devia estar ficando louco! Onde já se viu sentir ciúme
de uma moça como aquela, que se entregaria a qualquer um?!
Sem querer, lembrou-se de como se sentiu,
dentro dela, como se estivesse envolvido por um abraço apertado. Imaginou-se
como o primeiro homem que a penetrou.
Joseph: Pois sim!
Perdeu mesmo o juízo,
dizia-se, irritado consigo mesmo, enquanto procurava por uma placa na rua para
se certificar de que seguia o caminho certo.
**
Logan: Demi, não está me ouvindo.
Ela sorriu, como se quisesse se desculpar
com o primo, que estacionava na frente da casa do chefe dele.
Logan: Admita, você
está um pouco estranha hoje. — Logan olhou-a com preocupação. — É a escola que
a está perturbando desse jeito? Espero que seja só isso.
Ignorando a questão, Demi respirou fundo,
determinada a tirar uma dúvida que a pertubava desde a noite anterior.
Demetria: Logan, por que pediu aquele
coquetel para mim ontem? Sabe que não bebo. O que deu em você, afinal? Eu bebi
achando que era suco, mas...
Logan: Ei, espere um
minuto! — protestou o primo, surpreso. — Não pedi nenhuma bebida para você.
Deve ter havido algum engano.
Demetria: Mas o garçom
me serviu algo bastante forte ontem na suíte de Joseph. Isso eu posso garantir.
Logan: O rapaz deve ter feito confusão.
Pedi um coquetel de frutas. Bem que achei um pouco caro, devia ter desconfiado.
Que desperdício! Espero que não tenha tomado, depois de dar o primeiro gole e
perceber que havia alguma coisa errada. Tomou?
Antes que fosse obrigada a mentir para
ele,Logan a tomou pelo braço, e eles caminharam até a entrada da casa de Alberto
Johnson, um homem alto, de cabelos grisalhos, que os recebeu com um amável
sorriso.
Alberto: Você deve ser
a Demi. — Cumprimentou-a e se apresentou: — Já ouvi falar muito a seu respeito.
Ao perceber o olhar atravessado de Demi
para Logan, o anfitrião balançou a cabeça, rindo.
Alberto: Não, não foi Logan
que me falou de você, embora ele já tivesse mencionado que era seu primo.
Referia-me a meu neto, Herry. Ele é seu aluno e também um grande admirador. Com
razão, de acordo com os pais dele. Nossa filha, Sophia, ficou impressionada com
os progressos que Herry teve na leitura, depois que entrou nessa escola.
Demi sorriu,
agradecida pelos elogios e, ao acompanhar Alberto até a sala de visitas, passou
a sentir-se mais relaxada.
Mary Johnson era tão amável quanto o
marido. Contou a Demi que também foi professora, mas que havia muito tempo que
deixou de ensinar.
Mary: No começo,
minha filha ficou um pouco preocupada, quando soube que você adotava um método
pouco convencional de ensino, que misturava a pedagogia tradicional com
brincadeiras. Porém, hoje, está convencida de sua eficiência como professora. Sophia
não cansa de me contar como a habilidade espacial de Herry melhorou, junto com
seu progresso na leitura.
Demetria: Gostamos de
estimular as crianças em diversas disciplinas, para que descubram os talentos
que têm. Quando elas vêem que conseguem fazer uma coisa bem-feita, desenvolvem
a auto-estima.
Mary: Pelo que
minha filha me falou, você aconselha os pais a reservar vaga na escola assim
que a criança nasce.
Demetria: Não é bem
assim. — Demi deu risada. — Mas acho que a reputação daquele estabelecimento de
ensino tem crescido graças à divulgação boca-a-boca. Estamos acima do limite
exigido pela prefeitura para manter a escola aberta. E, pelo jeito, vamos
continuar assim. A menos, claro, que a fábrica seja fechada.
Demi olhou para Alberto com uma expressão
de dúvida.
Alberto: A decisão
final sobre esse assunto cabe a Joseph, minha querida. Por isso, convidei-o
para vir aqui hoje, jantar conosco. Foi idéia de Logan, e eu também achei que
seria bom se vocês tivessem um encontro informal. Tenho certeza de que Joseph,
como empresário, não parou para pesar as conseqüências que o fechamento da
fábrica teria sobre a escola da vila. É claro que a possibilidade de ele
escolher justo nossa fábrica existe. Pelo que sei, Jonas só pretende fechar
duas das quatro fábricas que comprou.
Demi não o escutava. Desde o momento em
que o ouviu dizer aquela frase assustadora: "convidei-o para vir aqui
hoje, jantar conosco".
Joseph viria! Seria obrigada a sentar-se à mesa com
ele!
Ficou com medo, com um nó no estômago,
quando ouviu o toque da campainha. Alberto foi atender.
Próximo Capítulo ...
Ainda hoje posto mais :)
OMG..
ResponderExcluirA hora é agora..
Pernas pra que te quero,Demi..hahaha
Brink's..
Curiosaaaa..
Posta Logoo
u.u