Demi tinha a
impressão de que não havia nenhum aspecto de sua vida que não tivesse sido
invadido por aquele homem. Ou nenhum aspecto dela mesma? .
Apressada, correu para a cozinha. Logan
tinha ligado, convidando-a para jantarem juntos, mas ela disse que estaria
muito ocupada naquela noite. Na realidade, temia que o primo tentasse
dissuadi-la da idéia de participar da manifestação, marcada para a manhã
seguinte.
Não que se tratasse de um ato ilegal, mas
Logan decerto não aprovaria o envolvimento dela, temendo pelo que pudesse
acontecer.
Demi gostava muito
do primo, eram quase como irmãos, e ela sabia o quanto ficaria assombrado se
soubesse do que houve entre ela e Joe. Envergonhava-se de si mesma. Mas o que a
fazia sentir-se ainda pior eram os sonhos que insistiam em visitá-la ao
adormecer. Neles, não só revivia tudo o que aconteceu, como desejava mais.
Engoliu em seco, tentando concentrar-se
no que fazia, mas por algum motivo perdeu o apetite. Pela comida, pelo menos.
Enquanto estive em pé no jardim ao lado
de Joe, olhar para ele com a certeza de que nunca esteve tão faminta em toda
sua vida...
Joe acordou com
um sobressalto, sem saber direito onde se encontrava. Sonhou com Demi, e não
pela primeira vez. Procurou pelo abajur ao lado da cama e acendeu-o. A casa
tinha sido pintada e cheirava a tinta fresca. Levantou-se e caminhou até a
janela, abrindo a cortina para ver o jardim iluminado pelo luar.
Durante o sonho, lembrou-se de algo que o
perturbava. Teria sido impressão sua ou havia algo no corpo de Demi que
indicava ter sido ele seu primeiro amante?
Não, era absurdo pensar uma coisa dessas.
Um absurdo total. Demi se mostrou tão desinibida, tão apaixonada! Mas e se
tivesse razão? E se ela, além de ter bebido e caído num sono profundo, fosse
uma moça sem experiência alguma?
Engoliu seco, percebendo a dificuldade
que tinha em pronunciar a palavra "virgem" até mesmo em pensamento.
Mas, lógico, se tivesse sido esse o caso,
ela teria feito algum comentário a respeito. Como o quê, por exemplo? Algo do
tipo: "Ah, a propósito, antes de fazer sexo com você, eu era virgem"?
Não. Esse não era o estilo de Demi. Era
muito orgulhosa e considerava-se uma mulher independente demais para fazer tal
coisa.
E se fosse mesmo virgem...
Em nenhum momento, durante aquela noite,
ela sugeriu que devessem tomar precauções em termos de uso de preservativos. E
Joe não estava preparado para tomar esse cuidado, porque foi pego de surpresa.
Isso significava que...
Joe não conseguiria dormir mais, de jeito
nenhum. Quanto à saúde de Demi e a dele, não havia muito com o que se
preocupar. Contudo, quanto à possibilidade de uma gravidez não planejada, era
um assunto que deveria estar preocupando Demi também.
Teriam de conversar sobre isso, e ele
insistiria em obter as respostas para suas questões.
Fechando os olhos, Joe esforçou-se para
se lembrar de cada detalhe dos momentos que haviam passado juntos. Já reviveu
aquelas cenas dezenas de vezes, mas agora era diferente. Estava atrás de
indícios, sinais que poderiam significar muito e que ele poderia ter deixado
escapar.
Tinham ficado tão próximos, e havia
aquela sensação forte de tê-la apertada ao redor dele, nos momentos de maior
intimidade. Mas Demi não disse nada, não deu nenhum sinal. O que Demi fez,
afinal? De repente, Joe experimentou um desejo enorme de tê-la consigo de novo,
como se fosse responsável por ela.
Demi era professora de crianças. Deveria
ser uma pessoa responsável!
Se fosse mesmo virgem até então, a
situação ganharia contornos e implicações bem diferentes. Talvez ele fosse mais
italiano do que supunha, reconheceu, ao ter o peso da responsabilidade caindo
sobre si, como se ele, como homem, devesse protegê-la. Pior ainda, sentia um
certo orgulho. Por quê? Por ter sido o primeiro homem da vida dela? Pela
possibilidade de Demi ter concebido, por acaso, um filho dele? A que ponto
chegava seu chauvinismo?
Sua mãe ficaria radiante por ser avó e
por ganhar uma nora que, na certa, ela aprovaria, adorando poder apresentá-la
aos parentes italianos.
Joseph: Ei! Pare com isso!
Joe tentava se conter. Não fazia o menor
sentido pensar numa bobagem daquelas. Além do mais, era perigoso ficar
fantasiando assim.
Por um momento, chegou a crer que a mãe
teria mesmo procurado aquela benzedeira para encomendar uma poção mágica de
amor para ele.
Tolice. Se havia alguém a ser
responsabilizado por essa situação toda, esse alguém era ele. Afinal de contas,
poderia ter resistido a Demi. Ela era mulher, e pequena, enquanto ele, um
homem, mais forte e mais pesado, poderia tê-la contido, se assim quisesse.
No entanto, não o quis.
Joseph: Também, não sou de ferro. Ela
estava lá, ardente, entregue, irresistível...
Só de pensar, estremecia dos pés à
cabeça. Fez uma careta com a reação instantânea de seu corpo, quando se lembrou
de Demi nua.
Ele a desejava como nunca desejou ninguém
antes.
Joseph: Oh, céus, como eu a quero!
Joe ficou sabendo
da manifestação quando recebeu um telefonema da estação de rádio, perguntando
se ele gostaria de fazer algum comentário sobre a situação. Muitas outras
ligações se seguiram, informando-o que seria uma atitude pacífica contra o
fechamento da fábrica.
As reuniões para discutir a possível
venda da fábrica que ficava perto da estrada já haviam sido marcadas, mas Joe
só poderia ir a Frampton na parte da tarde. Mesmo assim, conversou com o líder
do movimento e combinou um encontro com os trabalhadores, para discutir a
situação.
Embora não estivesse preparado para dar
sua palavra final sobre o assunto, já decidiu manter a fábrica aberta. A
decisão não tinha nada a ver com Demi Lovato, claro.
Quando mais tarde a polícia ligou para
informar que pretendia monitorar a situação de perto, Joe disse ter certeza de
que seria um ato pacífico.
Eram quatro da tarde, e ele não
conseguiria sair de Londres antes das cinco. Começou a pensar no que Demi
estaria fazendo naquele instante. Precisava muito falar com ela. Queria saber
se havia uma possibilidade, ainda que remota, de ela ter concebido um filho
dele.
Ansiosa, Demi olhou por cima do ombro.
Juntou-se aos demais uma hora antes, depois da aula. No início, estava tudo
tranquilo, e o líder havia lhe informado que Joe Jonas entrou em contato e marcou uma reunião para o
dia seguinte.
Mas, para a surpresa de todos, Jeremy
Discroll apareceu cerca de meia hora antes. Primeiro, mandou que abrissem os
portões da fábrica para ele. Como os operários se recusassem a cumprir sua
ordem, alegando que a fábrica já não lhe pertencia mais, ele desceu do carro.
Houve um pequeno tumulto, mas Jeremy acabou entrando no prédio da administração.
Continuava lá dentro, mas fazia cerca de
dez minutos, um carro de polícia se aproximava, seguido por um repórter e um
fotógrafo do jornal local.
O caráter pacífico da manifestação cedia
lugar a agressão e ao tumulto, quando Jeremy Discroll saiu do edifício. Um dos
manifestantes, a quem Jeremy agredia verbalmente quando entrou na fábrica, foi
em sua direção.
Jeremy: Não acha que
essa baderna vai fazer Joe Jonas mudar de idéia, acha? — provocava o homem.
Xxx: Ele concordou em nos receber amanhã
de manhã.
Jeremy: E acha que
ouvirá o que você tem a dizer? Que ingenuidade a sua! Joseph já decidiu que
fechará este lugar, e com razão. Considerou esta fábrica inviável, e eu não o
culpo, porque vocês são um bando de preguiçosos. Se Jonas resolveu vender isto
aqui foi por culpa de vocês. Todo mundo sabe disso.
Demetria: Isso não é
verdade! — exclamou, inconformada com o que ouvia.
Jeremy virou-se para olhá-la.
Jeremy: Meu Deus, você! Eu deveria ter
suspeitado. — Olhou para o jeans e a camiseta de Demi com despudor. — Não será
nada bom para sua escola, não é? E então, a querida escolinha terá de fechar
junto com a fábrica, não é mesmo? Pelo jeito conseguirei, enfim, meu terreno.
Ao dizer isso, Discroll começou a
caminhar em direção a Demi. Algumas pessoas tentaram impedi-lo, mas ele foi
mais rápido.
Um dos homens tentou protegê-la quando
Jeremy se aproximou, mas era jovem demais e bem mais fraco.
Ela estremeceu ao ver Jeremy empurrá-lo
para o lado. O rapaz revidou e, de repente, a situação saiu do controle.
As pessoas gritavam, empurravam, e os
policiais saíram das viaturas. E, antes que Demi desse um passo, Jeremy a
segurou e a arrastou pelo pátio.
Demi tentou escapar, mas ele não
permitiu.
Jeremy aproximou-se de um dos policiais,
afirmando que ela o agrediu.
Jeremy: Insisto que prendam esta mulher.
Vou processá-la por agressão.
Demi tentou
protestar, alegando inocência, mas quando deu por si já estava sendo arrastada
para dentro da radiopatrulha, com os flashes do fotógrafo ofuscando-lhe a
vista.
A delegacia estava cheia. Demi não
acreditava no que acontecia. Um sargento que não a reconheceu começou a fazer
perguntas para fichá-la. Ela começou a se sentir mal. A cabeça doía, estava com
muito medo. Seu braço ficou arranhado no lugar onde Jeremy a apertou.
Delegado: Nome?
Demi endireitou a coluna, percebendo que
o sargento falava com ela.
Demetria: Ah!... Demetria Devonne Lovato.
Uma coisa era participar de uma
manifestação pacífica, mas acabar numa cela de cadeia, acusada de agressão...
bem... isso era muito diferente! O que diriam os pais das crianças, aqueles
mais conservadores? Demi não conseguia nem imaginar. Isso sem falar nas
autoridades do governo, ou o supervisor educacional.
Xxx: Com licença, senhor.
Demi estava prestes a desmaiar, quando
ouviu a voz de Joe atrás dela. A entonação calma dele chamou a atenção do
policial, que baixou a caneta e parou para olhá-lo.
Joe chegou à fábrica bem a tempo de
saber, pelos poucos trabalhadores que ainda continuavam reunidos, tudo o que
aconteceu.
— Sim, e
eles levaram a professora junto — um deles informaram, espantando-se com a
reação instantânea de Joe, que girou nos calcanhares e saiu correndo com seu
carro.
Joseph: Sou Joe Jonas, Delegado,
proprietário da fábrica.
O sargento franziu a testa.
Delegado: De acordo com nosso arquivo, a
queixa partiu de Jeremy Discroll.
Joseph: Talvez ele
tenha se queixado, mas eu sou o dono da fábrica. Poderia me contar o que houve?
Pelo que sei, era uma manifestação pacífica, e eu cheguei a falar com os
operários hoje pela manhã. Combinamos de conversar amanhã cedo.
Delegado: Bem, pode ser, senhor, mas o
Sr. Discroll telefonou da fábrica e disse que não poderia sair de lá porque
estava sendo ameaçado. Assim que chegamos, houve um tumulto, e esta jovem aqui
tentou agredir o Sr. Discroll.
Demi sentiu-se empalidecer, mortificada
por aquela mentira.
Demetria: Não fiz uma coisa dessas! Foi
ele quem me agrediu... — Para seu desespero, percebeu que estava prestes a
chorar. As lágrimas escorriam-lhe pelo rosto, como se ela fosse uma criança.
Joseph: Deve ter havido algum engano —
afirmou.
Embora Demi não estivesse em condições de
se virar para olhá-lo, notou que Joe se aproximava e, por algum motivo insano,
teve vontade de se atirar nos braços dele, em busca de proteção.
Joseph: Acontece que conheço muito bem a
srta. Lovato. Ela estava na fábrica com meu consentimento, como minha
representante — Joe mentiu, com frieza. — Não posso sequer imaginar por que ela
agrediria Jeremy Discroll.
O delegado franziu mais uma vez a testa,
intrigado.
Delegado: Meus
subordinados disseram que ele insistiu para que a moça fosse presa. Discroll
afirmou que pretendia processá-la por agressão.
Demi soluçava.
Joseph: Mesmo? Nesse caso, eu irei
processá-lo por invasão de propriedade. Posso lhe garantir que ele não tinha
permissão para entrar na fábrica, e tenho certeza de que as autoridades irão
querer investigar o que Discroll fazia lá. Alguns arquivos de contabilidade
desapareceram, e estamos todos muito ansiosos para descobrir quem os roubou.
Sobressaltada, Demi virou-se para Joe.
Demetria: A mãe de um
aluno contou ter visto Discroll sair às escondidas de uma sala que antes era
usada para manter estoques. — A voz dela fraquejou, quando Demi viu o jeito que
Joe olhava para o braço dela.
Joseph: Foi ele que fez isso? — Sem
esperar pela resposta, Joe encarou o delegado. — Entendo que tem de interrogar
a srta. Lovato, é seu dever. Mas gostaria de saber se pode deixá-la sob minha
responsabilidade, até que faça isso. Prometo que não a perderei de vista.
O delegado olhou para os dois, pensando.
Todas as celas estavam cheias. Poderia receber de Joe uma fiança, e, além
disso, não havia nenhum motivo de fato para manter Demi ali.
Delegado: Muito bem, senhor. Porém, ela
ficará sob sua inteira responsabilidade, e terá de comparecer aqui amanhã cedo,
para ser interrogada, caso o Sr. Discroll decida ir adiante com essa história.
Joseph: O senhor tem minha palavra.
E, antes que Demi pudesse se pronunciar,
Joe a tomou pelo braço e a levou para fora dali, conduzindo-a pela noite quente
de verão.
Constrangida, ela percebeu que chorava.
Joseph: Foi o susto — Disse, conduzindo-a para o carro. — Não se preocupe,
você ficará bem assim que chegarmos em casa.
Demetria: Gostaria de tomar um banho e
trocar de roupa.
Joseph: Posso
providenciar o banho, mas as roupas você terá de buscar em sua residência.
Podemos passar lá antes de irmos para a minha.
Demetria: Nada disso. Que idiotice é essa?
Joseph:
Ordens do delegado que a soltou.
E prometi levá-la à delegacia amanhã.
Demetria: Mas não posso ficar com você.
Joseph: Sinto muito, Demi. Terá que ser
assim.
Demetria: Não agredi Jeremy. Foi ele
que...
Joseph: Se ele a machucou, eu... Jeremy a
feriu?
Só então, Joe percebeu a reação exagerada
que teve. Chegou a assustar Demi, e ela já estava assustada demais.
Joseph: Achei que fosse ser uma
manifestação pacífica — comentou ele, ao dirigir rumo à vila.
Demetria: E era. Mas Jeremy apareceu e
provocou, e perdemos o controle da situação. É mesmo verdade que ele está sendo
alvo de investigação?
Joseph: Sim. Mas acho que eu não deveria
estar lhe contando isso.
Quando chegaram ao chalé, Joe insistiu em
acompanhá-la, enquanto ela preparava uma pequena mala de roupas, e Demi sentiu-se
sem forças para discordar.
O comportamento grosseiro de Jeremy Discroll
a deixou com uma intensa sensação de fragilidade, e Demi lembrou-se de que,
quando teve aquele conflito com ele, por causa do terreno, Discroll ameaçou se
vingar. Era um homem perigoso e, pelo menos por aquela noite, ela sabia que
estaria mais segura se permanecesse ao lado de Joe do que se ficasse sozinha em
sua casa.
Próximo Capítulo ...
Poster grande para recompensar esses dias que não postei! Espero que tenham gostado,ainda hoje posto mais!
EU QUERO MAIS...
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Esse cara é um nojento...
VO BATE NELE...
KKKKKKKKKKK
Agora vamos falar da Demi na casa do Joe ~66'~
kkkkkkkkkkkk
Sera que rola pelo menos a conversa?
Ela anda com tontura, sera que engravido..
aaaaaaaaahhhhhhh
COMO QUE VC PARA AI.
PODE POSTAR..
RUM...
KKKKKKK
BJS
Adorei, posta logo e vê se faz maratona :))
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