sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

CAPÍTULO 27 BIG

SÓ MAI UMA NOITE.



Levemente coroada, Demetria estudou os bordados da túnica azul-turquesa de seda muito fina que a vendedora estava mostrando.



 


Lauren: A túnica deve ser usada por cima desta calça de dançarina de harém — explicou a vendedora. — Como você vê, a barra e o cós são do mesmo bordado que o decote da túnica.


 


Era óbvio que aquela roupa foi desenhada para ser usada na sedução de um homem. O decote pronunciado revelaria grande parte dos seios de uma mulher, e as duas delicadas rosetas estrategicamente bordadas na frente, dificilmente encobririam os bicos. Pelo formato "V" do cós da calça, a barriga ficaria bem exposta.


Lauren: E então, é claro, temos isso — disse a vendedora, mostrando um lenço colorido. — É para ser usado se a intenção for dançar para o homem.



 



Ela engoliu em seco.



 


Demetria:  Eu... Não... acho que... não combina muito comigo — ela se ouviu dizendo, a coragem abandonando-a. Precisaria de mais coragem para usar aquela roupa do que para ir completamente nua!


 



 Agradecendo a vendedora, saiu da loja e se dirigiu ao shopping. Havia muitas outras maneiras de seduzir do que usar uma roupa de harém, tentou confortar a si mesma. A visão era apenas um dos sentidos do homem, afinal.



 



Quando finalmente retornou à propriedade de Joseph, estava exausta. Comprou um perfume e um óleo de banho que garantia tornar sua pele suave como seda. Também cedeu a tentação de algumas roupas de baixo novas. Francesas e delicadamente femininas, sem que a fizessem se sentir desconfortável.



 



Calcinhas pequenas podiam não ser tão provocantes quanto uma calça bordada de dançarina, mas tinham a vantagem de serem perfeitas para usar sob o jeans.



 



Ela não demorou muito para arrumar a mala. Então escreveu um bilhete dizendo que estava indo para o oásis discutir um assunto com Joseph e pediu a Selena que o entregasse a madame Constancia quando ela acordasse da soneca da tarde.



 



Pegando um táxi, dirigiu-se para a locadora de veículos a fim de pegar a Ranger de tração nas quatro rodas que reservou por telefone mais cedo.



 



Dessa vez certificou-se em ligar o rádio na estação do tempo local, mas felizmente nenhuma tempestade estava prevista.



 



Respirando fundo, ligou o motor do carro.

 


*

Praguejando baixinho, Joseph empurrou o laptop para o lado e se levantou. Foi para o oásis a fim de colocar uma distância segura entre ele e Demetria, mas tudo que a ausência dela estava fazendo era ativar mais ainda seus pensamentos com imagens da mulher.
Pensar nela! Não estava apenas pensando nela, estava? 

O pessoal da tribo estava acampado a menos de cinqüenta quilômetros dali e num súbito impulso ele decidiu dirigir até lá para vê-los. A solidão não estava provando ser seu consolo usual. Para qualquer lugar que olhasse no oásis, podia ver Demetria. Podia haver uma lacuna de cultura entre eles, mas como ele, ela possuía um forte senso de responsabilidade, e exatamente como ele, não daria seu coração facilmente. Ela o havia desejado no jardim naquele dia. Será que também ficava deitada à noite, desejando-o, com medo de admitir que aqueles sentimentos fossem além de simples desejos físicos? E se assim fosse, então... poderia amá-lo o bastante para aceitar sua tarefa em relação à tribo? Ousaria confessar-lhe a intensidade de seus sentimentos por ela? De seu amor? Poderia conviver consigo mesmo se seus medos secretos provassem estar corretos e o amor por ela superasse seu senso de dever?

 


 
Desligando o laptop, pegou as chaves do Jipe.
*

Demetria não podia se lembrar de um dia que se sentiu mais nervosa, pensou quando entrou com a Ranger ao longo da trilha rochosa, agora já familiar. A sua frente, a vista do galpão fez o coração disparar. E se Joseph se recusasse a ser seduzido e a rejeitasse? E se...


Por um momento, ficou tentada a dar meia-volta e retornar à cidade. Mas logo recordou-se da tensão sexual que fluíra entre eles no jardim da ala das mulheres. Ele a desejou então, e até mesmo admitiu isso.


Ela esperou vê-lo sugir do galpão ao ouvir o som do carro, mas não houve sinal de Joseph.


Estacionando, nervosa, pensou que talvez tivesse sido melhor deixar para chegar à noite... no escuro...  Mas que sedutora estava se tornando, disse a si mesma quando respirou fundo e caminhou determinada rumo ao galpão.

Cinco minutos depois de vasculhar sala, quarto e arredores, em pé, mirando o oásis, ainda não queria aceitar o óbvio. Joseph não estava lá! 

Nada de Joseph, nada de sedução, nada de bebês!

Uma onda de desapontamento a envolveu. Onde ele estava? Poderia ter mudado de idéia e voltado à cidade, apesar de ter informado à tia que pretendia continuar no oásis? Quão irônico seria se o fato de ter ido para lá de maneira tão impulsiva fez com que negasse a si mesma a oportunidade de conseguir o que queria!

Mas então lembrou-se de ter visto o laptop sobre a mesa. Certamente, ele não o teria deixado lá se tivesse retornado para casa.

O sol já estava se pondo. De modo nenhum ela arriscaria o trajeto de volta sem o benefício da luz do dia.

Então, o que ia fazer? Passar outra noite tentando acalmar as necessidades que vinham castigando seu corpo? Simplesmente não lhe ocorreu que ele pudesse não estar lá.


Tudo ali era tão... ele. Sonhadoramente, ela trilhou os dedos ao longo da cadeira que Joseph usava quando trabalhava no laptop. O ar parecia conter um eco do aroma másculo, uma ressonância da voz profunda. Ela podia visualizá-lo. Mas não era a imagem mental de Joseph que queria tão desesperadamente, era?

Sabia que precisava comer, mas não tinha apetite. Porém, estava com sede.

Indo até a cozinha, abriu uma garrafa de água. Grãos finos de areia grudaram-lhe na pele, tornando-a áspera. Nada apropriado para uma sedução! O longo trajeto através do sol do
deserto a deixou cansada. O corpo parecia pesado e... vazio.

Uma sensação de fracasso a assolou.

Lentamente, saiu da cozinha pretendendo voltar à sala de estar, mas em vez disso pegou-se indo para o quarto. Parando na porta, um forte tremor a percorreu quando olhou para a cama e recordou-se do que aconteceu ali.


Só de pensar nele sentia-se enfraquecer, querendo-o lá, assim poderia roçar os lábios na pele quente masculina e deslizar as mãos pelos músculos fortes dos braços e costas, e então através do tórax, seguindo o suave caminho que desciam pelo abdômen para onde...

Precisava de um banho, decidiu de repente. Gelado!

 *


Joseph: Boa viagem, Leonardo. — Joseph sorriu quando abraçou o homem mais velho da tribo enquanto os outros trabalhavam em desmontar as barracas, a fim de se aprontarem para a árdua jornada através do deserto.


Leonardo: Você sempre pode vir conosco — respondeu.


Joseh: Não dessa vez. — Joe balançou a cabeça.

A sua volta, podia ouvir o som familiar do acampamento, a fraca música dos sinos dos camelos, as velhas preparações para a partida. A tribo viajaria durante a noite enquanto estava fresquinho, descansando o rebanho durante o calor do dia.

Os olhos castanhos de Leonardo o estudaram.


Leonardo lembrava-se do avô de Joseph, assim como do pai. Além do respeito que tinha por Joseph como seu líder, sentia também uma profunda afeição paternal.

Leonardo: Alguma coisa o está perturbando. Uma mulher, talvez?A tribo ficaria feliz em vê-lo casado e com filhos que seguiriam seus passos, assim como você seguiu os de seu avô e de seu pai.


Joseph: Se isso fosse tão simples, Leonardo — replicou ele, sorrindo.

Leonardo: Por que não seria? Esta mulher... você tem medo que ela não respeite as nossas tradições e que queria desviá-lo de sua lealdade? Se é assim, então ela não é certa para você. Mas conhecendo-o como conheço, Joe, não acredito que haja lugar em seu coração para uma mulher assim. Você deve aprender a confiar no que está aqui — disse ele, tocando o próprio coração com a mão. — Em vez de acreditar apenas no que está aqui.— Quando ele pôs a mão na cabeça, Joseph escondeu um sorriso.

 

Leonardo não tinha idéia de quanto suas emoções estavam saindo do controle.

Esperou até que a tribo partisse antes de subir no Jipe e voltar para o oásis.

Uma linda lua crescente brilhava no céu estrelado. Para Joseph, era durante a noite que o deserto se tornava mais maravilhoso e místico, uma hora em que sempre se sentia mais em contato com sua herança cultural. 

Seus ancestrais haviam viajado através daquela areia por muitas, muitas gerações antes dele, e era seu dever, sua responsabilidade, assegurar que eles fizessem o mesmo por muitas gerações por vir. E isso não era algo que pudesse administrar dentro de quatro paredes de um escritório de alto nível e vida luxuosa, como certamente Nick escolheria fazer. Não, ele poderia manter e honrar o modo de vida tradicional da tribo sendo parte dela, compartilhando-a, e isso era algo que estava totalmente comprometido a fazer. Não podia se desviar de tal propósito. Mas seus sentimentos, seu amor por Demetria não podiam ser negados ou ignorados. A força deles inicialmente o chocou, mas agora finalmente reconhecia que estava além de seu poder mudar ou controlar o modo como se sentia.

Próximo Capítulo...




4 comentários:

  1. posta mas um...
    por favoorrr
    eu quero ver a reação do Joe quando ver a demi....!!!!

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  2. por que parou tá tá tá
    parou por que..kkkk
    quer ver que ela vai star tomando banhooo
    ui ai seduz kkkkk
    bju postaaa logoooo

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  3. OMG
    JA FALEI QUE SEUS CAPITULOS SAO TODOS PERFEITO ?@Aftershock_17

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