ATRAÇÃO IRRESISTÍVEL
Demi reconhecia que se sentia muito
fraca e levemente tonta... e, também, o mais importante, um pouco chocada e
incapaz de compreender totalmente o que tinha feito.
Demetria: Eu não deveria ter-lhe contado nada
disso.
Joseph: Porque seu meio-irmão não gostaria?
Ela fazia idéia do que revelou sobre
sua arruinada infância pelas táticas do obsessivo Liam e da aparente
inabilidade de sua própria mãe em reconhecer o que estava acontecendo com a
filha?
A própria infância de Joseph e de seus
irmãos haviam sido terrivelmente afetadas pela falta de amor dos pais, mas o
que Demetria passou era algo de caráter diferente.
Havia um gosto amargo na boca de Joe, uma raiva masculina por conta dela no seu coração e uma forte
determinação em sua cabeça.
Demi era, agora, membro de sua
família. Para Joe, aquilo significava que, além de recompensá-la pelo mal
que Nick lhe fez, era também seu dever devolver o que lhe foi tomado.
Joseph: Depois do que você acabou de me
contar, posso entender por que ignorou e tentou evitar Nick.
Dmetria: Eu sabia que ele estava se divertindo
comigo, fingindo estar interessado em mim. Não gostei dele. Felizmente, não
posso me lembrar de nada que aconteceu — disse Demi com sinceridade. — Quando Kate, a esposa do autor com quem eu trabalhava, encontrou-me, eu ainda estava
um pouco drogada.
Joseph: Você nunca relatou o ocorrido à
polícia?
Demetria: Não. Tive medo de que não
acreditassem em mim.
Joe perguntou-se se era porque Liam
lhe disse tantas vezes que ela era culpada da confusão simplesmente por
ser mulher que Demi agora era incapaz de confiar nos homens e acreditar que a
protegeriam.
Demetria: Foi um choque horrível quando Kate
perguntou-me se eu poderia estar grávida. Aquilo nunca me ocorreu. Fui tola, eu
sei, mas falei que Nicholas teria... bem, que ele não iria querer correr algum
risco de ter um filho.
Joseph: Como prova do que ele tinha feito,
você quer dizer? Era típico de Nick não pensar nas conseqüências.
Demetria: Originalmente, quando... quando
aquilo aconteceu, Kate viu no meu passaporte que eu tinha dado o nome de Liam
como meu parente próximo. Implorei para que ela não contasse nada a ninguém, mas...
Ela teve boa intenção, eu sei. E quando Liam chegou a Londres, estava muito
preocupado com isso, naturalmente.
Joseph: Ele tramou com Kate, como fez com
sua mãe?
Demi assentiu.
Demetria: Ele queria que eu abortasse. Disse
que seria a melhor atitude a tomar. Mas eu não podia fazer isso. Então, ele
começou a falar que eu queria que aquilo tivesse acontecido, que eu,
provavelmente, tinha encorajado Nicholas, caso contrário, eu me livraria do
bebê. Acho que Kate e Tom concordaram com ele, embora nunca tenham confessado
isso. Assim que Dan nasceu, Liam tentou fazer com que Nicholas reconhecesse
sua paternidade, mesmo eu implorando para que ele não fizesse isso. Quando Nicholas negou-se, Liam começou a pressionar-me para colocar Daniel para adoção.
Conseguiu até mesmo convecer Kate a ficar do lado dele. — Demi tremeu.
— Eu estava com tanto medo que de algum
modo ele me separasse do meu filho! Foi por isso que eu...
Joseph: Que você concordou em vir para a
Sicília? — completou Joe.
Dmetria: Sim. Achei que Dan estaria seguro
aqui.
Joe: Pensou certo.
Demi: Deve entender agora por que não quero
me envolver com ninguém.
Por um segundo ela pensou que ele não
iria responder, mas, então, depois de um longo silêncio, que a fez pensar ter dito
a coisa errada, Joe perguntou, calmamente:
Joe: Nunca houve ninguém especial para você
sexualmente, houve? Alguém que quando você olha pela segunda vez reconhece como
a pessoa com quem compartilharia intimidade sexual?
Por alguma razão, Demi descobriu que
queria desesperadamente chorar. Tinha passado tantos anos distante do que
significava ser uma mulher que cresceu para aceitar isso como seu destino.
Estava sozinha e com o fardo secreto de seu abatimento. Agora, com poucas
palavras simples, Joe havia mostrado uma luz naquele lugar escuro e secreto
em seu interior, iluminando-o brilhantemente. Ela sentiu-se envergonhada,
reconheceu.
Envergonhada e com medo.
Não podia responder à pergunta dele.
A verdade doía muito, fazia-a sentir-se
vulnerável, porém, para sua própria surpresa, percebeu que estava lutando
contra sua vergonha e seu medo, obrigando-se a dar uma resposta a Joe.
Demi: Não. Nunca. Eu era jovem demais
quando Liam começou a me fazer sentir desconfortável sobre...
Ela precisava parar. Já falou coisas
demais. Era ridículo e humilhante que uma mulher de 24 anos,
mãe, nunca tivesse conhecido os prazeres do sexo.
Joe: Sobre sentir atração pelo sexo
oposto? Sobre gostar de rapazes e explorar as sensações, pensando em gostar de
rapazes excitados?
Demi quis cobrir as orelhas com as
mãos, como se ainda tivesse 12 anos.
Joe: Não há nada para se envergonhar. É
assim que começa, para todos nós. Com curiosidade e consciência, com excitação
e um medo de fazer papel de tolo.
Demi: Não posso imaginá-lo sentindo-se
dessa maneira alguma vez. Preocupando-se em fazer papel de tolo — explicou Demi. Não queria pensar na primeira parte da descrição dele. Aquilo provocava
um tumulto perigoso em seu corpo, e já tinha muitos problemas para enfrentar.
Joe: Posso assegurar-lhe que senti. Todo
mundo sente. É uma parte natural e normal do crescimento, mas isso lhe foi
negado.
Demi: Eu não podia suportar a idéia de
alguém pensando em mim do modo como Liam me dizia... Que rapazes, homens,
pensavam em mulheres que permitiam intimidades sexuais. Nem pensar em ser
atraída por alguém — admitiu ela.
Era desconcertante perceber quão
chocada e envergonhada ela se sentia por ter lhe confidenciado aquelas coisas
em tão pouco tempo... coisas que agora falava tão abertamente e com tanta
facilidade.
Joe: Então, você reprimiu sua inclinação
natural e abriu mão de seu direito à própria sexualidade?
Demi: Eu só queria me sentir segura.
Joe: Dos rapazes ou do seu meio-irmão?
Os olhos de Demi se arregalaram em
silencioso reconhecimento do quão bem Joseph a entendia.
Demi: Acho que eu podia ter tentado ser
mais normal quando vim para Londres, mas todas as outras mulheres que vi eram
tão... eram tudo que eu sabia que não era. Temia que os homens que saíssem
comigo, constatando minha ingenuidade, rissem de mim. Me pareceu melhor não
arriscar. E, agora, é claro, é tarde demais. Eu não poderia começar um
relacionamento, mesmo que quisesse. Que homem hoje em dia quer uma mulher como
eu? Mãe solteira que não sabe o primordial de como dar e receber prazer sexual.
Como eu poderia explicar tudo para eles?
Joe: Por que não? Você me contou.
Ela ergueu a cabeça e o fitou.
Demi: Isso é diferente. Você não é, nós não
somos, sei que posso confiar em você porque...
Por quê? Pelo que ele era ou por quem era? Demi não estava certa.
Sabia que Joseph era diferente, um outro tipo de homem, que tinha, para os
tempos atuais, qualidades muito raras.
Joe: Deve ter sido muito difícil para você
viver como tem vivido... uma vida não natural para uma mulher jovem e atraente.
Joseph a achava atraente? Ou estava
dizendo aquilo somente por piedade?
Demi: Não precisa ter pena de mim —
defendeu-se Demi. — Sou perfeitamente feliz como sou.
Joe: Não. Você não é — comentou.
—Apenas pensa que é feliz, mas tem tanto medo de ser punida que se distanciou
completamente de sua sexualidade. Isso não é modo de viver... em constante
negação e medo de uma parte essencial de si mesma.
Demi: É a maneira como preciso viver. Não
tenho outra opção.
Joe: Mas você gosta dessa escolha? Se
fosse possível, desejaria resgatar sua sexualidade? Ter a liberdade e o direito
de encontrar alguém com quem pudesse compartilhar a vida?
— Eu... — Ela, desesperadamente, queria
ater-se ao orgulho e negar aquele desejo, mas as palavras de Joe haviam lhe
despertado uma dor que a fazia se sentir inclinada a contar-lhe a verdade. —
Sim — admitiu.
Joseph desviou o olhar do rosto de Demi. Tomou uma decisão que estive ali durante o tempo todo que a ouvia.
Joe: Há uma coisa que preciso lhe dizer:
seu direito à sua sexualidade lhe foi roubado por um membro do meu sexo e o
estrago que ele fez foi completado por um membro de minha família. Como um Jonas, e o mais velho dos irmãos, tenho o dever de recompensá-la e restaurar
o que lhe foi tomado. Esta é a lei da família Jonas, o código pelo qual
vivemos.
Demi: Isso é tolice — disse,
inquieta.
Joe: É meu dever — repetiu ele. — Um dever
que tenho não somente com você, mas com Daniel, que tem o meu sangue.
Ele tem o direito de crescer com uma mãe que se alegre da sua sexualidade, em
vez de temê-la, e que pode lhe dar um bom exemplo de tudo que uma mulher que se
valoriza deve ser. Como ele poderá escolher uma parceira que valha a pena se
não souber em quem se espelhar? É seu dever como mãe provir um modelo para essa
mulher.
Demi: Tudo que você disse é muito certo —
murmurou Demetria, indefesa. — Mas não posso me tornar a espécie de mulher que
você descreve.
Joe: Sim, você pode. Comigo como seu guia
e professor.
TENHO 1 NOTÍCIA BOA E 1 NOTÍCIA RUIM
A ruim é que esse final de semana não vai da para posta porque vou viajar e a boa é que ainda HOJE postarei o capítulo 15 :)
Tão gostando?
Meu twitter @jemifanfic
A ruim é que esse final de semana não vai da para posta porque vou viajar e a boa é que ainda HOJE postarei o capítulo 15 :)
ESTOU FICANDO VICIADA,POSTA LOGO O PRÓXIMO CAPÍTULO
ResponderExcluirTô terminando , mais tarde posto :)
Excluirhei, ja divuguei o seu blog! e amei a fic. muito boa mesmo. beijos e é´pra postar ainda hoje hein? kkk
ResponderExcluirmuito boa,posta hot ok?
ResponderExcluireu ja vi essa mesma fanfic em outro blog! entao eu nao entendi, por favor responde
ResponderExcluirAqui explica tudo flor!! http://jemiatracaoirresistivel.blogspot.com.br/2012/12/aviso.html
Excluirficou D++++++ posta logo :D quando puder
ResponderExcluirEstou a ficar viciada nesta historia, esta perfeito
ResponderExcluirPosta logo
beijos