quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

CAPÍTULO 29

           ATRAÇÃO IRRESISTÍVEL


Por que estar na cama de Joseph aquela noite era tão diferente da noite anterior?, perguntou-se Demetria sentindo-se infeliz quando deitou sozinha.

Fazia mais de uma hora desde que Joe lembou que tinha um trabalho para terminar e que ela deveria ir para a cama. 

Demi havia concordado, e nesse espaço de tempo tomou uma ducha antes de aconchegar-se na cama enorme, seu coração batendo de excitação e amor, seu corpo em chamas, mas Joseph não apareceu para juntar-se a ela.

Agora ele estava no banheiro, onde permaneceu pelo que parecia uma eternidade, enquanto ela pensava que talvez Joe estivesse demorando propositalmente, para esperar que ela dormisse até ele ir para a cama. Afinal de contas, Demi é quem pediu para dormir com ele!

Demi moveu-se para seu lado da cama. Se Joe não a queria, então ela não iria constranger a ambos revelando seu desejo.

Joe deslizou a mão pelos cabelos úmidos, tendo enrolado uma toalha em volta dos quadris. Tinha passado uma hora fingindo trabalhar quando o único lugar onde seus pensamentos estavam era no quarto e na sua cama... com Demi.

Agora foi forçado a suportar um jato de água gelada para reduzir sua excitação e se assegurar de que quando entrasse na cama, ao lado dela, não ficaria tentado a acordá-la e tomá-la nos braços.

Seu corpo não estava ciente do propósito de uma ducha fria, uma vez que mostrava todas as evidências de seu desejo físico por Demi, e sua excitação não diminuia nem um pouco. Quanto ao seu desejo emocional por ela... seu amor parecia aumentar a cada segundo que passava ao seu lado.

Joseph acreditou ter desenvolvido um sistema emocional e mental para lidar com todas as situações que a vida pudesse lhe apresentar. Mas não se preparou para aquilo. Amor era algo que nunca iria lhe acontecer, tinha decidido.

Era algo que não podia permitir que acontecesse!

Todos presumiam que, no devido tempo, ele se casaria e produziria um herdeiro, como os incontáveis filhos mais velhos dos Jonas haviam feito antes dele. 

Mas Joe não estava disposto a aceitar um casamento arranjado  somente para ter um herdeiro. 

Tinha dois irmãos, afinal.

 Não acreditava que poderia encontrar um grande amor, havia decidido que era melhor e mais fácil permanecer solteiro.

Até que Demi entrasse em sua vida e ele se apaixonasse!
 

Porém, Demi não o amava. Mesmo se eles tivessem se conhecido "normalmente" e se apaixonado, ele não teria querido sobrecarregá-la com a vida que devia ser sua... uma vida voltada para o dever e repleta de sacrifícios. De maneira alguma iria querer que a mulher que amava compartilhasse aqueles sacrifícios.

Acreditava no direito de Demi ter sua liberdade de escolha... no direito de definir suas próprias fronteiras e viver sua própria vida. As ações daqueles que a haviam privado desses direitos o enchiam de desprezo.

Entretanto, agora era ele quem estava privando Demi de tais direitos através do casamento.

Mas que escolha Demi possuía? Sem sua proteção, estaria correndo riscos enquanto Liam vivesse. A única forma de Joe proporcionar-lhe sua proteção era casando-se com ela.

Casar-se com ela, levá-la para sua cama, fazê-la conceber um filho seu, mesmo amando-a, certamente eram formas de aprisionamento, do mesmo jeito que o comportamento que tanto criticava e condenava em Liam, que também clamava amá-la. 

Amor podia ser uma prisão terrível, quando não é mútuo, para ambas as partes, mas especialmente para aquele que não queriam aquilo.

Então, o que deveria fazer? Não se casar e deixar Demi e Daniel vulneráveis às maquinações de um homem que já tinha deixado muito claro que faria qualquer coisa para manter Demi na sua vida, e para lhe tomar o filho?
 Joseph suspirou.


Nos seus braços, Demi o desejou; respondeu com paixão, porque nunca conheceu ninguém mais. A sensualidade de tal receptividade era simplesmente o início de sua jornada em direção à própria feminilidade, não o fim.

Ela podia continuar aquela jornada nos braços dele.


Demi sentiu o colchão afundar com o peso de Joe, e, então, a onda de frio quando ele remexeu nas cobertas. Queria desesperadamente que ele a tocasse, ou ao menos lhe dissesse alguma coisa... algumas palavras de conforto e ternura que lhe dariam o consolo de saber que não era ela que ele estava rejeitando, mas simplesmente a situação atual deles. 

Mas, em vez disso, tudo que recebeu foi a dor fria de um silêncio vazio.

Como poderia casar-se sabendo que Joe estava apenas assumindo aquele compromisso por dever e honra? Onde estava seu orgulho? Seu auto-respeito?

O mesmo luar que tinha prateado o corpo de Joseph tão sensualmente há apenas algumas noites, infiltrava-se pelas janelas esta noite, mas agora reforçava sua dor por estar deitada ali, ansiando por ele.

Esforçou-se para fechar os olhos, na esperança de refugiar-se no sono, mas antes que pudesse fazer isso Dan começou a chorar.

Ele tinha choramingado quase o dia todo, a face direita corada e levemente inchada, indicando que novo dente estava nascendo. 

Demi saiu da cama cuidadosamente, rezando para que o som do choro de Dan não acordasse Joseph.

Caminhou para o closet sem parar para vestir seu penhoar. 

Estava usando uma das camisolas de seu novo guarda-roupa, que realçava, muito, seus seios fartos.

Como o closet não possuía janela, uma pequena lâmpada tinha sido deixada acesa, para dar alguma iluminação sem perturbar o sono de Dan, e agora, quando ele viu Demi, parou de chorar. 

Seu rostinho estava vermelho e inchado, e Demi estremeceu quando o ergueu do berço articulado e então se sentou na cadeira perto do berço, com Dan no colo.

Um rápido exame na boca confirmou que um novo dentinho estava realmente crescendo. 

No momento que ele sentiu o toque dela na gengiva, mordeu-a, numa tentativa de aliviar a dor, a ponta afiada do novo dente cravando no dedo de Demi.

Demetria:  Coitadinho — ela o confortou. Tinha uma pasta, na sua sacola de remédios, para bebê, mas teve de colocá-lo de volta no berço a fim de poder pegar o remédio, e sabia, por experiência anterior, que no minuto que passasse a medicação pastosa em Dan , ele começaria a chorar. 

A última coisa que queria era que ele acordasse Joe, portanto fechou a porta enquanto procurava o remédio na sacola.

Cinco minutos depois; estava se parabenizando por ter acalmado Dan e não acordado Joe... E, então, quando se curvou para beijar o rosto adormecido do bebê, bateu numa bandeja com copos, derrubando um deles no piso de mármore, e ele se quebrou em milhões de cacos.

Por milagre, Dan não acordou, mas a combinação de seu susto com o desejo de firmar-se a fez dar um passo atrás com os pés descalços, pisando num caco de vidro.

Demi havia começado a chorar numa reação automática quando a porta do closet se abriu e o cômodo foi iluminado com a luz do quarto.  

Joe estava parado à porta, querendo saber o que tinha acontecido. Diferentemente dela, usava chinelos de couro e roupão grosso.

Joe: Não se mexa — disse ele, entrando no closet, então a ergueu nos braços para carregá-la, passando pelo quarto e indo para o banheiro, ignorando os protestos dela sobre o estrago que seria feito pelo sangue no tapete do banheiro, pingando de seu pé cortado.

No banheiro de mármore, Joe colocou-a no degrau alto da escada que levava para a área do chuveiro, avisando-a:

Joe: Mantenha o pé fora do chão, para o caso de ainda haver vidro nele.

Demi: Não é nada... um pequeno corte — protestou .

Sentia-se culpada por acordá-lo e causar-lhe todo aquele problema, mas Joseph não a estava escutando. Em vez disso, agachou-se no chão do boxe, colocou o pé cortado de  Demi sobre seu joelho e o examinou cuidadosamente.

Joe: Não vejo nenhum vidro — ele murmurou.

Demi: Estou certa que não há. — Demi tentou retirar o pé, mas a mão esquerda de Joe segurou seu calcanhar, espalhando um calor muito perigoso através de seu corpo.

Joe: Talvez não, mas não estou preparado para correr qualquer risco. — Muito gentilmente, Joseph cuidou do corte com as pontas dos dedos.

Quando parou e Demi deu um longo suspiro, ele confundiu a causa do alívio dela, olhando-a e dizendo:

Joe: Sim, parece que não tem nenhum caco em seu pé.

Graças a Deus, Falcon não percebeu que não tinha sido o corte do pé que lhe causou a ansiedade, mas sim seu medo de que seu corpo traísse o que os toques dele estavam provocando.                                                                                                       

Joe: Fique assim e não ponha o pé no chão. Vou pegar uma bacia, para você banhar o corte em anticético, e depois vou recolher o copo quebrado.

Joe retornou depois de poucos minutos com uma grande bacia de plástico contendo água até a metade, antes de adicionar um anticético que achou no armário do banheiro.

Joe: Isso aliviará sua dor — ele avisou enquanto colocava a bacia no chão perto do pé dela. — Mas conserve o pé na bacia até que eu volte.

Ele estava certo. Realmente aliviou, reconheceu Demi depois que ele saiu. Mas a dor no pé não era nada comparada com a de amá-lo.

A sensação de dor tinha passado quando ele voltou. Joseph examinou-lhe o pé e depois disse que o corte estava livre de resíduo de vidro e limpo.

Demi: Posso fazer isso — Demi comentou, quando ele retirou a bacia e colocou uma toalha no chão para que ela pusesse o pé.

Joe: Você pode, mas será mais fácil se eu fizer.

Mais fácil? Tê-lo gentilmente secando seu pé?

Uma mão segurando seu calcanhar, como fez antes, a sensação de seu toque despertando imagens inapropriadas na sua cabeça? De modo algum. Ficar sentada ali, usando as mãos para agarrar a ponta do degrau, com medo que pudesse cair sobre ele, era uma das coisas mais difíceis que Demi já teve de fazer.

Precisava falar alguma coisa. Não podia mais suportar o silêncio tenso entre eles.

Demi: Desculpe-me se o perturbei.

Joe deu de ombros e não respondeu. Então, a olhou com intensidade. Havia uma expressão nos olhos dele que Demi não podia definir... algo entre calor e orgulho.

Ele ainda segurava seu pé. Aparentemente, uma inspeção final tinha de ser feita no corte. 

Algodão aplicado sobre o ferimento e, depois, um esparadrapo. 

E, então, quando ela pensou que o curativo estava terminado, levantou-se, pronta para dar uma desculpa de querer checar Dan, qualquer coisa que não fosse ir para aquela cama novamente. 

Joseph disse-lhe, de modo brusco:

Joe: É melhor você não andar ainda.

Ele ia carregá-la de volta para a cama. Demi não achava que poderia suportar contato físico íntimo com ele, que não era intimidade em absoluto... ou pelo menos não a espécie de intimidade que tão desesperadamente queria.

Seus sentidos ansiavam por Joe.

 Poderia aguentar aquilo por mais alguns minutos? Ser segurada pelos braços fortes? O contato com o corpo poderoso? Sem chance.

Ela entrou em pânico.

Demi: Não! — Ele franziu o cenho — Isto é, quero dizer, não há necessidade de carregar-me. Tenho de ir checar Dan de qualquer modo.

Joe: Já fiz isso. Ele está dormindo.

Não havia como escapar. Ele estava curvando-se na direção dela. Demi fechou os olhos.
 
Grande erro! Com os olhos fechados, sem poder vê-lo, seus outros sentidos foram alagados
com a consciência de quanto o amava.

Proximo Capítulo ...


Esse foi BIG !! :)
 Aah e não se preocupem, ainda hoje posto mais...
Espero que tenham gostado :) 

6 comentários:

  1. *-* Posta rapido o outro
    Não pode parar logo nesta parte!

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  2. Hj ainda tem mais iupiiiii
    divou autorinha...divou kkk
    Bjuu
    Até daqui a pouco heim

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  3. Perfeito como sempre... Posto logo por favor... Estou a mando a fic está perfeita... Bjinhos

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  4. Perfeito como sempre... Posto logo por favor... Estou a mando a fic está perfeita... Bjinhos

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  5. eba eba eba... amei esse capitulo
    posta logo

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  6. uau, por que o joe não aproveita e fala que ama ela de uma vez? as coisas para eles iriam ser mais faceis...
    posta logo por favor..

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