SÓ MAIS UMA NOITE.
Demi
esforçou-se para acordar de um sonho confuso e sem nexo no qual estava sendo arrastada
por guardas para ajoelhar-se, tremendo aos pés de um homem que agora era seu
mestre.
Como
o detestava. Detestava-o pelo modo que ele ficava parado ali, olhando-a de
cima, fazendo-a sentir a pele queimando sob o desprezo dele.
Ele
a encarava sem pudor. Os olhos do homem eram da cor do céu após a tempestade,
um cinza frio que a arrepiava todinha.
Xxx:
Você ousa me desafiar? — Ele estava perguntando gentilmente. Atrás de si,
estava ciente da presença ameaçadora dos guardas.
Ela
o detestava verdadeiramente. Ele levantou-se do divã onde estava, caminhou na
direção dela e pegou-lhe a face entre as mãos. Mas quando os dedos lhe roçaram
os lábios, Demetria mordeu-lhe o polegar com força.
Então
veio o som dos guardas puxando suas espadas e o corpo dela esperou pela morte.
Mas em vez disso, os guardas foram dispensados enquanto seu torturador
aproximava-se mais. Uma mancha de sangue brilhava no piso de madeira.
Xxx:
Você é uma gata selvagem necessitando ser domada —ela o ouviu dizendo com voz
macia.
Então
o sentiu circundá-la devagar, parando atrás dela e deslizando a mão por seus
cabelos, entrelaçando-os com força entre os dedos. Com a mão livre, de maneira
máscula e determinada, ele alcançou-lhe os seios, fazendo com que todo o corpo
dela tremesse de desejo. Inesperadamente, ele a liberou, virando-a para si e ela
pôde ver o desprezo nos olhos que a encaravam.
Viajando
através das camadas de seu sonho, Demi
percebeu que aquele desprezo cínico era algo que já havia visto antes...
Com
o coração disparado, deu-se conta do porquê.
O
homem de seu sonho era o sujeito arrogante que ela viu no aeroporto!
Saindo
da cama, foi para o banheiro e abriu apenas a torneira de água fria do
chuveiro. Um banho gelado talvez suavizasse a lembrança sensual daquele
estranho sonho.
Depois
do banho, enrolando-se numa toalha macia, parou perante o espelho,
observando-se. Foi então que soube que se fechasse os olhos, poderia ver o
tormento por trás das pálpebras, o olhar cínico do homem alto, enquanto ele
zombava dela antes de se aproximar, lhe tirando a toalha do corpo e exigi-la.
Furiosa
consigo mesma, Demi se secou e dirigiu-se para o quarto onde sua querida
sobrinha dormia tranquilamente no berço.
Demi
e Sophia tinham acabado de tomar o café da manhã no pátio de trás do chalé
quando o fax anunciou a chegada de uma mensagem. Franzindo o cenho, ela leu-a.
O
príncipe tevi que viajar inesperadamente a negócios e não poderia atendê-la por
vários dias. Desculpava-se pela mudança de planos, mas pedia que ela
aproveitasse as instalações do Beach Clube até o retorno dele.
Certo,
aquele seria então o momento ideal para ver o pai de Sophia. Ela tinha o
endereço dele, afinal! Tudo que precisava era chamar um táxi para levá-la lá.
Miley
estava certa quando descreveu que o mês de fevereiro em Zuran tinha um clima
perfeito, admitiu Demi meia hora depois quando carregava Sophia sob o adorável
do calor do sol.
Quando
deu o endereço do Joseph para o motorista de táxi, ele sorriu antes de
assentir.
Motorista:
Vai levar aproximadamente quarenta e cinco minutos —disse ele. — Você tem
negócios com o Joseph? — perguntou, puxando conversa.
Tendo
aprendido como as pessoas eram amigáveis ali, ela não se ofendeu, respondendo
de modo simples:
Demi:
Pode-se dizer que sim.
Motorista:
Ele é um homem famoso e respeitado pelo seu povo . Todos os admiram pela
forma que apoiou o direito deles de viverem as próprias vidas da maneira
tradicional. Embora seja um homem de negócios extremamente bem-sucedido, dizem
que ainda prefere viver com simplicidade no deserto, do jeito que seu povo
sempre viveu. É um homem muito bom.
Ela
refletiu que a figura que o motorista acabou de pintar era bastante diferente
daquela que obteve de sua meia-irmã.
Dallas
conheceu o homem numa boate, afinal. Demi nunca gostou do fato de que ela
trabalhasse lá. Embora tivesse sido contratada como cantora, o lugar fazia
propaganda aberta dos charmes sexuais de suas dançarinas, e Dallas admitiu que
a maioria dos clientes era do sexo masculino.
E
durante os doze meses que durou o namoro deles, Dallas nunca mencionou nenhuma
preferência da parte de seu Joseph sexy pela solidão do deserto. Na verdade,
ficou com a impressão de que ele era um tipo de playboy.
Em
quarenta minutos o táxi parou em frente de uma
impressionante mansão branca, guardada por portões de ferro trancados.
Imediatamente
um oficial saiu de uma das duas guaritas que cercavam
os portões e se aproximou do carro.
Tão
firme quanto possível, Demi pediu para falar com o Joseph.
Xxx: Lamento,
mas ele não está disponível — informou o oficial.
Xxx:
Ele viajou para o oásis por alguns dias.
Aquela
era uma complicação que ela não esperara. Sophia acordou e estava começando a
choramingar.
Xxx:
Se você quiser deixar um recado — ofereceu o oficial de modo cortês.
Ela
pensou que o recado que queria dar ao Joseph teria que ser pessoalmente.
Agradecendo-o, pediu que o motorista de táxi a levasse de volta para o hotel.
Motorista:
Se você quiser, posso arranjar alguém para levá-la até este oásis — sugeriu
ele.
Demi:
Você sabe onde é?
Ele
deu de ombros.
Motorista:
Claro. Mas você precisará de um veículo de grandes rodas , a
trilha tem muita areia.
Demi:
Você não poderia me levar? — perguntou ela.
Motorista:
Demoraria duas ou três horas. Mas se você quiser ir sozinha, posso lhe explicar
o caminho.
Fazia
realmente mais sentido alugar um carro e ir dirigindo do que contratar um
motorista por um dia inteiro, decidiu Demi.
Demi:
Por favor — concordou.
Proximo Capítulo ...
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