sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

CAPÍTULO 2 - MARATONA

           SÓ MAIS UMA NOITE.


Demi esforçou-se para acordar de um sonho confuso e sem nexo no qual estava sendo arrastada por guardas para ajoelhar-se, tremendo aos pés de um homem que agora era seu mestre.


Como o detestava. Detestava-o pelo modo que ele ficava parado ali, olhando-a de cima, fazendo-a sentir a pele queimando sob o desprezo dele.


Ele a encarava sem pudor. Os olhos do homem eram da cor do céu após a tempestade, um cinza frio que a arrepiava todinha.


 Xxx: Você ousa me desafiar? — Ele estava perguntando gentilmente. Atrás de si, estava ciente da presença ameaçadora dos guardas.


Ela o detestava verdadeiramente. Ele levantou-se do divã onde estava, caminhou na direção dela e pegou-lhe a face entre as mãos. Mas quando os dedos lhe roçaram os lábios, Demetria mordeu-lhe o polegar com força.

Então veio o som dos guardas puxando suas espadas e o corpo dela esperou pela morte. Mas em vez disso, os guardas foram dispensados enquanto seu torturador aproximava-se mais. Uma mancha de sangue brilhava no piso de madeira.

Xxx: Você é uma gata selvagem necessitando ser domada —ela o ouviu dizendo com voz macia.

Então o sentiu circundá-la devagar, parando atrás dela e deslizando a mão por seus cabelos, entrelaçando-os com força entre os dedos. Com a mão livre, de maneira máscula e determinada, ele alcançou-lhe os seios, fazendo com que todo o corpo dela tremesse de desejo. Inesperadamente, ele a liberou, virando-a para si e ela pôde ver o desprezo nos olhos que a encaravam.


Viajando através das camadas de seu sonho,  Demi percebeu que aquele desprezo cínico era algo que já havia visto antes...


Com o coração disparado, deu-se conta do porquê.

O homem de seu sonho era o sujeito arrogante que ela viu no aeroporto!


Saindo da cama, foi para o banheiro e abriu apenas a torneira de água fria do chuveiro. Um banho gelado talvez suavizasse a lembrança sensual daquele estranho sonho.


Depois do banho, enrolando-se numa toalha macia, parou perante o espelho, observando-se. Foi então que soube que se fechasse os olhos, poderia ver o tormento por trás das pálpebras, o olhar cínico do homem alto, enquanto ele zombava dela antes de se aproximar, lhe tirando a toalha do corpo e exigi-la.


Furiosa consigo mesma, Demi se secou e dirigiu-se para o quarto onde sua querida sobrinha dormia tranquilamente no berço.


Demi e Sophia tinham acabado de tomar o café da manhã no pátio de trás do chalé quando o fax anunciou a chegada de uma mensagem. Franzindo o cenho, ela leu-a.


O príncipe tevi que viajar inesperadamente a negócios e não poderia atendê-la por vários dias. Desculpava-se pela mudança de planos, mas pedia que ela aproveitasse as instalações do Beach Clube até o retorno dele.


Certo, aquele seria então o momento ideal para ver o pai de Sophia. Ela tinha o endereço dele, afinal! Tudo que precisava era chamar um táxi para levá-la lá.



Miley estava certa quando descreveu que o mês de fevereiro em Zuran tinha um clima perfeito, admitiu Demi meia hora depois quando carregava Sophia sob o adorável do calor do sol.

Quando deu o endereço do Joseph para o motorista de táxi, ele sorriu antes de assentir.

 Motorista: Vai levar aproximadamente quarenta e cinco minutos —disse ele. — Você tem negócios com o Joseph? — perguntou, puxando conversa.


Tendo aprendido como as pessoas eram amigáveis ali, ela não se ofendeu, respondendo de modo simples:


Demi: Pode-se dizer que sim.


Motorista: Ele é um homem famoso e respeitado pelo seu povo . Todos os admiram pela forma que apoiou o direito deles de viverem as próprias vidas da maneira tradicional. Embora seja um homem de negócios extremamente bem-sucedido, dizem que ainda prefere viver com simplicidade no deserto, do jeito que seu povo sempre viveu. É um homem muito bom.


Ela refletiu que a figura que o motorista acabou de pintar era bastante diferente daquela que obteve de sua meia-irmã.


Dallas conheceu o homem numa boate, afinal. Demi nunca gostou do fato de que ela trabalhasse lá. Embora tivesse sido contratada como cantora, o lugar fazia propaganda aberta dos charmes sexuais de suas dançarinas, e Dallas admitiu que a maioria dos clientes era do sexo masculino.


E durante os doze meses que durou o namoro deles, Dallas nunca mencionou nenhuma preferência da parte de seu Joseph sexy pela solidão do deserto. Na verdade, ficou com a impressão de que ele era um tipo de playboy.


Em quarenta minutos o táxi parou em frente de  uma impressionante mansão branca, guardada por portões de ferro trancados.


Imediatamente um  oficial saiu de uma das duas guaritas que cercavam os portões e se aproximou do carro.


Tão firme quanto possível, Demi pediu para falar com o Joseph.

Xxx:  Lamento, mas ele não está disponível — informou o oficial.

Xxx: Ele viajou para o oásis por alguns dias.


Aquela era uma complicação que ela não esperara. Sophia acordou e estava começando a choramingar.


Xxx: Se você quiser deixar um recado — ofereceu o oficial de modo cortês.


Ela pensou que o recado que queria dar ao Joseph teria que ser pessoalmente. Agradecendo-o, pediu que o motorista de táxi a levasse de volta para o hotel.


Motorista: Se você quiser, posso arranjar alguém para levá-la até este oásis — sugeriu ele.


Demi: Você sabe onde é?


Ele deu de ombros.


Motorista: Claro. Mas você precisará de um veículo de grandes rodas ,  a trilha tem muita areia.


Demi: Você não poderia me levar? — perguntou ela.


Motorista: Demoraria duas ou três horas. Mas se você quiser ir sozinha, posso lhe explicar o caminho.


Fazia realmente mais sentido alugar um carro e ir dirigindo do que contratar um motorista por um dia inteiro, decidiu Demi.


Demi: Por favor — concordou.

Proximo Capítulo ...









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